Não era a índole de Sakura ser imprudente, mas o brilho em seu olhar esmeraldino pareceu desafiador para o barão. Ele se sentiu insultado, traído. Era inadmissível que um projeto de gente como aquela fedelha pudesse estragar tanto os seus planos. Em passos largos saiu da presença das garotas. A menina de cabelos róseos possuia olhares de admiração destinados à ela.
-O-O que? -Sakura perguntou.
-Nada... Só estamos orgulhosas! -Disse Karin ajeitando os óculos com um sorriso verdeiro. As meninas soltaram alguns risos saindo do local deixando um lorde com um sorriso singelo dentro de seu escritório. Nunca pensara que sua eleita seria uma mulher tão interessante. Depois de seus muitos afazeres com toda certeza ficaria atento à rotina de sua antagonista.
A nação do fogo era o continente em que se encontrava Konoha, Porém a vila se encontrava mais ao norte daquela terra sendo um pouco mais gelada que o comum. Pessoas de várias nacionalidades habitavam aquele vilarejo. O vento gelado fora do castelo, ou mansão Minori como preferir, batia contra a estrutura de forma forte anunciando um dos invernos mais rigorosos. Os dias estavam ficando cada vez mais frios.
Naquele pedaço de terra, formas governamentais provavelmente são diferentes de outras realidades. Monarquia, aristocracia... Não se sabia qual forma de governo era, só que as pessoas literalmente mais ricas eram as detentoras de todo o poder. Claro!
Sakura estava na biblioteca, maravilhada com os livros sobre ervas medicinais, remédios e cosméticos que havia achado. Ela lia com certa rapidez e assimilava tudo em mesmo ritmo. Simplesmente tinha sede de saber e com isso ajudar pessoas.
Sasuke estava em busca de sua escolhida, ele não a havia explicado seus afazeres ali. Estava furioso por chegar em seu quarto e não estar arrumado, ou o seu banho preparado. Sasuke inconscientemente, gostava da ideia de ser importante para alguém. De ser cuidado por alguém. O belo rapaz era uma das existências mais solitárias que já pisara naquela terra. Ficou tentado com como seria a reação da garota quando ela soubesse que ele fazia questão de ser banhado por ela. Eram os costumes da época que nobres fossem higienizados por um fiel servo. Sasuke era extremamente organizado com seu quarto, mas possuía compulsão por limpeza e ordem.
-Sabe onde esta Sakura? -Perguntou o lorde à uma Hinata saindo de um jardim interno. Havia encontrado com ela em um dos corredores do primeiro andar.
-Ela sempre fica na biblioteca Uchiha-sama. -Disse a moça de forma tímida.
-Hn... Obrigado! -Hinata sorriu em resposta seguindo seu caminho. Sasuke subiu para o andar correto encontrando a grande sala repleta de livros. Sentiu-se orgulhoso ao ver diversos livros jogados em uma mesa circular.
A garota não notara a sua presença, lia com os olhos verdes a brilhar um livro de capa vermelha. Sasuke pegou alguns livros observando do que se tratavam. "Botânica", "Ervas medicinais de Konoha", "Corpo Humano". Sakura seria uma boa aprendiz para a uma pessoa que conhecia.
-Sabe fazer remédios? -O Uchiha tirou-a de seus devaneios. Sakura corou levemente e olhou para a bagunça de livros.
-Sim... E-eu cuidava bastante das pessoas na vila. T-tenho muitas receitas, mas é muito bom encontrar tantos livros que posso ler! Tem informações medicinais de outras vilas. Eu poderia ajudar tantas pessoas que...- Sakura se cortou encarando seu "tutor". Respirou fundo.
-Desculpe-me... Precisa de algo? -Sakura queria ser um pouco mais prestativa, percebera que Sasuke podia ser um homem de valores muito nobres devido as suas últimas atitudes. Sasuke definitivamente se perdia disfarçadamente na beleza daquela mulher. Reparava o nariz arrebitado de Sakura que lhe dava um ar metido. Ele sorriu desviando o olhar para diversas anotações da garota. Mal ele sabia que ela também lhe analisava. Sakura só conseguia pensar que muitas mulheres deveriam invejar os cabelos e os lábios do Uchiha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
House on the Hill [Terminada]
RomanceSímbolos, sinais, signos... Estes, sempre foram mecanismos usados para procurar respostas, respostas para perguntas que não cessavam sobre tudo que nos rodeia. Se pudesse ler a mente da jovem maltrapilha de unhas sujas a cultivar ervas medicinais na...