O Primeiro Amor de Poliana #Polipa - As Aventuras de Poliana

Capítulo 8 - #polipa

Depois do alvoroço no pátio da escola e de um recreio cheio de discussões e emoções à flor da pele, todos voltam para a sala. Filipa e Poliana voltaram para os mesmos lugares de antes do intervalo, uma distante da outra, porém desta vez estavam novamente de bem. Poliana estava eufórica e mal conseguia prestar atenção na aula, pois fazer as pazes com Filipa tinha lhe trazido uma felicidade sem igual. Ela tentava dar atenção à professora, mas a todo momento seu olhar ia parar em Filipa, vendo a menina concentrada escrevendo e copiando a matéria do quadro. Poli tinha um sorriso bobo, o rosto vermelho e um lápis todo mordiscado por sua ansiedade para que essa aula terminasse logo.

Assim que termina a aula tanto Poliana quanto Filipa ficam arrumando os materiais devagar e demorando até guardarem tudo na mochila, esperando que os outros alunos saíssem logo da sala. Depois de um tempo estavam apenas as duas ali.

– Ficou me espiando a aula inteira? – falou Filipa provocando Poliana.

– Ai, você notou?! – responde Poliana fazendo uma expressão tímida.

– Tá querendo me pedir alguma coisa? – Filipa deixa a mochila na mesa e caminha devagar até Poliana. Ao se aproximar da menina, Filipa fica mexendo em seu colar e fingindo distração.

– Quero um beijinho – diz Poliana dando um sorriso malicioso e tímido ao mesmo tempo, como se tentasse segurar toda a vontade que tinha.

Filipa então para de mexer no colar e olhar diretamente nos olhos de Poliana. Ela ignora a pergunta, não respondendo que sim e nem que não e começa a mexer no cabelo de Poli, fazendo um carinho e colocando-o para trás da orelha. O rosto de Filipa chegava cada vez mais perto, mas ela não a beijava. Cada uma estava sentindo a respiração uma da outra. Filipa então move seu rosto devagarzinho, fazendo o nariz das duas se acariciarem. Filipa passa os lábios levemente pela boca de Poliana, deixando-as apenas sentirem a textura da boca uma da outra, mas quando Poliana vai iniciar um beijo, Filipa põe o dedo indicador nos lábios de Poli, impedindo que ela a beije.

– O que foi? – diz Poliana já ofegante com todas as provocações de Filipa.

– Fecha os olhos! – diz Filipa dominando a situação, falando em um tom firme e levemente autoritário. Poliana obedece e fecha os olhos. Filipa então segura o rosto de Poliana com as duas mãos e começa a lhe dar vários beijinhos. Ela começa a beijar a bochecha, o canto dos lábios, a ponta do nariz, depois dá um selinho nos lábios de Poliana. Ela começa a dar diversos beijinhos provocando Poli até que inicial um beijo de língua. As duas desejavam esse beijo mais do que tudo e há dias queriam a boca uma da outra, além disso, as provocações de Filipa só aumentaram a vontade de cada uma. Os beijos iam ficando mais intensos, as línguas dançavam e a troca de saliva provocava os desejos mais íntimos das meninas.

Filipa então encerra o beijo e, quando ambas abrem os olhos, ficam se olhando por um instante, apenas admirando a beleza uma da outra, olhando detalhes do rosto de cada uma.

– Eu te amo – Poliana quebra o silêncio – eu te amo tanto que eu chego a ficar nervosa quando não estou com você. Eu fico ansiosa pra chegar perto de ti. Eu te amo tanto que é como se meu corpo todo te amasse e quisesse ficar contigo.

Filipa tenta manter o semblante sério, mas não consegue conter o sorriso no rosto ouvindo as palavras de amor de Poliana, ela então morde os lábios e esboça um sorriso malicioso. Era como um sonho que ela tinha medo de acordar a qualquer momento. Filipa ia iniciar uma declaração, mas as duas são interrompidas por Lindomar, o zelador da escola, que de um jeito todo atrapalhado manda elas irem para a casa que a aula já havia acabado faz tempo. As duas riem e vão juntas para a saída do colégio. Filipa aproveita o colégio quase vazio e toma coragem de pegar na mão de Poliana e as suas seguem o caminho todo de mãos dadas.