Capítulo 32 - A Aposta de Ester

2.7K 162 136
                                    

Filipa e Poliana estavam andando indo para a casa de Poli acertar mais alguns pontos do trabalho, elas preferiram ir caminhando para aproveitar um pouco mais o tempo entre elas. Filipa ora ou outra reclamava da rua ou do sol forte, mas Poliana nem dava bola, ela sabia que era apenas manha de sua namorada e que ela estava adorando estar com ela. Sempre que Filipa fazia alguma reclamação, Poliana fazia um carinho na mão dela, já que elas seguiam a caminhada de mãos dadas.

Então, você conseguiu o elenco que faltava pra nossa peça? – perguntou Poliana.

Mais ou menos. A verdade é que pouca gente tá querendo papeis secundários, todo mundo acha que pode brilhar agora – respondeu Filipa menosprezando os colegas dela.

Resumidamente, não temos ninguém? – riu Poliana.

Temos, tipo, o Hugo aceitou ser o nosso caçador. Pelo o que entendi o Erick vai participar na dança e ele ficou sem grupo nenhum, dai como isso vale nota, ele topou – explicou Filipa falando com um pouco de desânimo – Desde que ele não precisasse ajudar em nada – concluiu Filipa.

Ah, que bom então – falou Poliana tentando ver o lado positivo disso – Pelo menos, fazendo o trabalho conosco, ele pode ver que não há nada demais no nosso namoro e parar de incomodar, né? – ela sugeriu animada.

É, vamos torcer que sim – disse Filipa em tom de desdém não acreditando muito que isso pudesse ocorrer.

E pra narrador? – perguntou Poliana.

Aí é que tá – falou Filipa animada – Eu soube que a Ester teve uma tretinha lá com o grupo dela e ela acabou saindo, pensei em chamarmos ela, o que acha? – falou Filipa chegando mais perto e dando um beijinho em Poliana – Nossa, que cheiro bom? – Filipa deu uma esfregada de leve com seu rosto no pescoço de Poliana.

Ai! – exclamou Poliana soltando uma risada – Faz cócegas – ela seguiu rindo.

Tá com cócegas é? – falou Filipa saltando sobre Poliana e a abraçando por atrás, envolvendo o pescoço dela em um abraço apertado e a enchendo de beijos no pescoço, no rosto e na nuca. Poliana dava risadas e fingia que tentava se desvencilhar, mas estava adorando o ataque de carícias.

Que pouca vergonha – falou uma mulher passando pelas duas de nariz empinado.

Pouca vergonha é sair com uma roupa brega dessa, parece uma perua mal vestida – retrucou Filipa no mesmo momento.

Além de sem vergonhas, são mal educadas – e a mulher ameaçou golpeá-las com a sombrinha que carregava.

Corre, corre – gritou Filipa e as duas saíram correndo e rindo – Vai comprar um espelho! – gritou Filipa de longe.

Sua doida – falou Poliana ofegante depois que elas correram por duas quadras e dobraram a esquina, a mulher sequer ameaçou correr atrás delas, mas elas se divertiram com a fuga.

Ah, falou mal de mim, vai ouvir de volta – Filipa estava de consciência limpa – Enfim, chegamos... – disse Filipa mudando de assunto. Sara abriu a porta para elas e elas entraram, Pendleton, pai de Poliana, se encontrava na sala mexendo em seu computador.

Poliana – ele falou com ternura em sua voz – E Filipa... – sua voz parecia um pouco mais surpresa. Pendleton nunca teve muita experiência como pai e não sabia bem como lidar com o namoro de sua filha. Ele tentou apenas seguir com naturalidade, como se elas fossem apenas amigas – Vieram fazer algum trabalho? – ele disse.

O Primeiro Amor de Poliana #Polipa - As Aventuras de PolianaOnde histórias criam vida. Descubra agora