O uber chegou no início da noite em São Paulo, primeiramente eles foram para a casa de Fernanda, mãe de Raquel, onde Poliana e sua prima desceram.
– Vem, Poli, vamos descer – falou Raquel acordando Poliana que dormia encostada no ombro de Filipa.
– Ãhn? Ah tá – respondeu Poliana ainda confusa – A gente se vê amanhã na aula – disse Poliana dando um selinho em Filipa.
– Te cuida – disse Filipa em tom mais apagado, talvez pelo cansaço da viagem ou talvez algo pior a preocupasse.
As meninas tocaram a campainha da casa e Fernanda as recebeu prontamente.
– Ai, Raquel, eu tava preocupada, ocorreu tudo bem? – Fernanda perguntou dando um abraço na filha.
– Er... tá, sim? – Raquel respondeu confusa, raramente Fernanda demonstrava responsabilidade ou preocupações típicas de uma mãe – Aconteceu algo? – Raquel complementou.
– Ah, o seu pai veio aqui ontem e hoje, tive que dar umas desculpas, ele ficou desconfiado, mas está tudo bem – explicou Fernanda.
– Fica tranquila, tia – falou Poliana – a Raquel cuidou super bem de mim... e de praticamente todo o pessoal.
– Não fez mais do que a sua obrigação, né, Raquel – disse Fernanda brincando com a filha e dando mais um abraço nela – Tá, mas agora me contem como foi lá? Fizeram muita festa? – perguntou Fernanda tentando descontrair o clima.
Poliana e Raquel se olharam com cara de culpa, era como se Fernanda soubesse de algo.
– Nem vem, eu sei que vocês fizeram festa, eu já tive a idade de vocês, né – ela falou rindo e indo para a sala – Vamos, cada história que vocês contarem desse final de semana eu prometo que conto uma da minha época de adolescente.
E assim Poli e Raquel se sentiram mais seguras em contar tudo o que aconteceu, afinal, Fernanda havia ajudado demais elas. Regadas a pizza, refrigerante e uma garrafa de vinho que Fernanda tomava, elas passaram algumas horas conversando noite a dentro. Quando repentinamente a campainha tocou.
...
O uber seguiu sua viagem deixando Brenda em casa e depois foi para o apartamento dos Pessoa. Filipa estava ansiosa, pois temia a reação de seu pai. Ela torcia para que aquele carro nunca chegasse, mas, como era de se esperar, ele chegou. O valor altíssimo da corrida foi pago no cartão de crédito de Filipa e eles foram em direção ao apartamento.
– Espero que o papai esteja dormindo – Filipa comentou baixinho e nervosa.
– Oito e meia da noite? Difícil – respondeu Gui, porém ele notou que essa resposta desanimou Filipa – Fica tranquila, eu não vou deixar nada acontecer com você – ele disse isso e então a abraçou de lado confortando um pouco a irmã.
Eles chegaram até a porta, Guilherme, que tinha a chave, a abriu e então começaram a entrar de fininho. Filipa foi na frente, ela percebeu seu pai e sua mãe sentados na sala, mas tentou ir sorrateiramente até seu quarto quando a voz de seu pai troveja pela casa.
– FILIPA! – gritou Roger. A menina congelou na mesma hora – VEM CÁ – ele seguia com a voz alta e grossa.
Filipa já estava segurando o choro, mas ela era uma menina forte e decidiu que não daria o braço a torcer. Ela foi até a sala e parou na frente dele, sem falar nada. Guilherme se postou ao lado dela, pronto para iniciar uma briga.
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O Primeiro Amor de Poliana #Polipa - As Aventuras de Poliana
RomancePoliana está crescendo e descobrindo novos sentimentos. E é a pessoa mais inusitada que irá despertar nela uma emoção nunca antes sentida. Esta história é uma fanfic da novela as Aventuras de Poliana. Capa feita pela @Piczaai Comecei a fic antes do...