Capítulo Revisado
Capítulo 7 - "Pior aniversário."
Minha única reação, e a menos esperada, foi retribuir o beijo. De inicio um beijo calmo, mas logo depois foi um beijo com mais urgência e cheio de desejo.
Lembrei de Rodrigo presenciando tudo aquilo e empurrei Pedro, que ainda está com os braços enrolados na minha cintura. Olhei em volta e Rodrigo tinha sumido. Droga.
– O que você pensa que vai ganhar com um simples beijo? Acha que eu vou te perdoar por isso? – Falei visivelmente nervosa, apontando para mim, para ele e olhando para qualquer lugar, exceto em seus olhos.
Que merda de menino complicado, idiota e imbecil, porque ele insiste em me perturbar?
ME ESQUECE.
Não deseje algo que você não quer querida.
Faça-me o favor autora, e suma por agora.
– Cecília, eu sei que você gosta de mim, e é recíproco. – Ele fala e eu reviro os olhos.
– Me poupe Pedro, você me fez quebrar a perna, quebrou o meu skate... – Ele colocou o dedo indicador nos meus lábios.
– E derreti seu coração. – Comenta convencido.
– Eu quero ir embora, me leva, por favor. – Pedi pegando meus sapatos no chão e voltando para aonde está o seu carro.
Depois dele me levar para casa, morrendo de sono jogo meus sapatos na sala e me jogo no sofá dormindo ali mesmo.
Dormi é tudo de bom.
(...)
Acordar é a pior parte, e acordar no meu sofá nada confortável é pior ainda.
Dormir é de graça, mas custa tanto acordar.
Levanto fazendo minhas higienes matinais, coloco uma camisa que vai até o joelho, junto de um short jeans. Pego uma maçã e vou para sala assistir televisão.
O telefone tocou e me arrastei até ele para atender.
– Alô?...Alôôô? – Desliguei o telefone bufando e voltando a assistir minha série querida.
E mais uma vez um barulho atrapalhou meu momento de concentração, a campainha.
– Meu Deus, hoje está fogo. – Digo bufando e levantando para atender a porta.
Vejo o entregador na porta segurando uma caixa enorme e cheia de buraquinhos. Assinei o que tinha que assinar e entrei colocando a caixa no chão e pegando o bilhete que estava preso na tampa.
Dear Lia,
Comprei seu presente de acordo com umas pesquisas – suas amigas – São ótimas pesquisadoras, espero que goste. Feliz aniversário, princesa.
Ass: Seu amor, Pedro.
Abri a caixa e me deparei com a coisa mais fofa de todo o mundo que logo pulou da caixa e rodou por toda a sala.
Um filhote de labrador, confesso que sempre quis um cachorro.
Olhei para ele e comecei a coçar sua barriga.
– Zeus, esse é seu nome. – Ele lambeu meu rosto e correu para o segundo andar. Acho que ele gostou do nome.
Sei que não devia cair em tentação, mas liguei para o Pedro.
Ligação on
– Você é maluco? – Pergunto assim que ele atende.
– Oi para você também Dear, e sim, eu sou louco por você. – Ri do seu clichê. – Não deveria está comemorando o seu aniversário de 18? – Perguntou.
– Com toda certeza, mas a preguiça não me permite.
– Posso passar aí então Dear? – BINGO Para ele.
– Pode, e pode parar com esse apelido também. – Desliguei rindo.
Ele é mesmo um retardado, um retardado bem lindo.
Já tinha se passado duas horas desde a ligação de Pedro e eu continuei jogada no sofá sem a mínima vontade de sair de lá.
Até que começaram a socar a porta.
– Existe campainha. – Gritei.
Assim que abri a porta, vi um grupo de quatro homens, muito estranhos, que saíram entrando.
– Isso aqui não é casa da mãe Joana. – Falei ainda com a porta aberta.
– Por algum acaso, o Rodrigo está? – Perguntou olhando em volta.
– E o que ele estaria fazendo aqui? Não tenho nada haver com ele. – A não ser o Pedro.
– Bom, não foi o que ele nos disse. – Fiz cara de paisagem.
Tenho certeza que tem alguma coisa haver com o que o Pedro tinha dito? Meu celular vibrou na minha mão, olhei de relance para a tela e tinha uma mensagem do Pedro dizendo que estava com Rodrigo e pedindo para que eu saísse de lá o mais rápido possível.
– Bom, tem algumas coisas dele lá em cima... – Eles não me deixaram terminar, e três deles subiram para revistar as minhas coisas.
Bem mais fácil fugir apenas de um, a chave do carro estava a centímetros de mim, não perdi a oportunidade, a peguei correndo e corri em direção ao carro da garagem.
Minha mãe já o havia deixado de presente adiantado, esperando até que eu fizesse 18 anos. Mesmo com muita reclamação minha, e sempre a lembrando de que odeio carros, ela o deixou. Além de que á alguns dias atrás, Pedro me ensinou a dirigir.
Dei ré com o carro e acelerei cantando pneu, vendo eles me seguirem pelo retrovisor, e logo atrás o carro do Pedro que reconheci de imediato.
Continuei acelerando e o medo tomou conta de mim.
Pensei que estava mais rápido do que aquelas homens, mas eles me ultrapassaram, freando logo a minha frente.
Foi nesse exato momento que revi a cena do acidente em que meu pai morreu e quanto minha mente clareou novamente, virei o volante para desviar dele e freei, com a mente em um turbilhão de pensamentos perdi o controle do carro e bati em uma árvore.
Senti meu corpo pesado, principalmente minhas pálpebras que logo se fecharam.
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CECÍLIA - Primeiro Livro Da Série Fernandes
Roman pour AdolescentsEM REVISÃO "Cecília - Série Fernandes". Antes "Uma vida sem limites". Cecília Fernandes, conhecida como Lia, com 17 anos é campeã nacional de skate Feminino. Entre casos e acasos ela conhece Pedro um também campeão de Skate que a tira do sério com...