♛CAPÍTULO 9♛

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Nem consegui abrir os meus olhos direito, a dor de cabeça veio avassaladora

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Nem consegui abrir os meus olhos direito, a dor de cabeça veio avassaladora. Quando eu levantei da cama tive que ir correndo até o banheiro, ou eu iria vomitar todo o chão do quarto, e vomitar assim seria a última coisa que eu iria querer fazer. O que eu falaria para o Christopher?


Escovei os dentes, joguei uma água no meu rosto e decidi ir atrás do babaca do rei, porque preciso urgentemente de algo para passar a minha dor de cabeça. Ele deve achar que eu esqueci o que ele fez ontem, mas está muito enganado. Eu jamais irei esquecer que ele me levou para a casa de sua ex peguete, isso não tem perdão.


O bendito estava na cozinha lendo um jornal e tomando café da manhã. Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água antes de me sentar de frente para ele na mesa. Christopher fechou o jornal e o colocou sobre a cadeira ao seu lado.


— Bom dia. — Falou. Eu permaneci calada, porque se eu for falar alguma coisa vai ser para xingá-lo até não aguentar mais. — Ok, ainda não estamos bem. — Concluiu sozinho, mas eu me pergunto, quando nós realmente estivemos bem? Porque ao meu ver, eu sempre o odiei.


Bebi um suco, mas o sabor estava estranho, tinha melancia, melão, no fundo água de coco e pude sentir um gostinho de hortelã também. Fiz uma careta com a mistura de coisas, mas não estava tão ruim, porém, exótico ao meu paladar.


— É um suco para curar a ressaca. — Christopher explica. Dei de ombros.


A dor de cabeça ainda estava bem presente, e a claridade só piorava. Apoiei meus cotovelos na mesa e fiquei massageando as minhas têmporas, em uma falha tentativa de fazer a dor de cabeça melhorar.


— Preciso de um analgésico. — Peço.


— Tudo bem, eu pego para você.


Christopher se levanta e vai até a dispensa da cozinha, que é uma sala bem grande, cheia de prateleiras separadas por categorias. Sei que há uma específica com remédios, porque eu já fucei lá, em busca de alguma coisa para beliscar durante o dia. Por sorte eu sempre tive liberdade de ir e vir aqui dentro, todos os funcionários me respeitam e fazem o que peço, apesar de eu não me sentir muito a vontade com isso.


O rei me trás um comprimido e um efervescente. Tomei os dois e fiquei sentada esperando o enjoo passar para tentar comer algo. Nunca havia bebido na minha vida, e achei o champanhe bem inofensivo, porque ele era bem docinho e cheio de bolhinhas, mas depois de quase 20 taças, porque eu bebi como se fosse refrigerante, eu me senti diferente. Não sei explicar, mas era bom, me dava leveza, me deixou descontraída e talvez, só talvez, um pouco desinibida. Porque na minha mente fica vindo flashes de mim me esfregando no Christopher, sem vergonha alguma, mas não sei se foi real, ou um sonho mesmo.

Destinada ao ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora