Capítulo 1.

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Capítulo 1:
Um ano e meio após a tempestade.

"As vezes eu olho para trás, para tudo aquilo que já ficou, como se fosse um filme, um filme de longa metragem, com cenas emocionantes e as vezes entediantes. Um filme daqueles que você sente em cada pedacinho da sua alma, mesmo depois de tanto tempo.

As vezes eu olho para minha imagem no espelho, e penso em como cheguei até aqui, em o quanto fui ferida até me levantar, e em o quanto eu feri até me reconstruir.

Me sentia péssima pelo caminho que tive que trilhar até aqui, com o peso de todas aquelas vidas nos meus ombros, sempre me lembrando do que tive que fazer para estar aqui, sempre me lembrando de toda dor e sofrimento que causei a tantas pessoas.

Tudo isso virou uma marca sobre mim, um pesadelo que eu carrego nos meus sonhos. Porque todas vez que eu fecho os olhos, eu consigo sentir tudo, a sensação da morte, não de ter morrido, mas de ter matado.

Foi algo que eu superei, mas não esqueci.

É o peso que eu carrego, meu pecado maior, aquele jamais pode ser apagado.

Mas eu prometi a ele que viveria. Que viveria do jeito que ele sempre quis, que deixaria de me angustiar, e que pensaria em uma nova forma de me reinventar.

Prometi a Park Jimin, ele não estava mais vivo quando sussurrei na calada da noite que seria diferente, que eu viveria, que eu amaria, e que não me culparia mais por as pessoas que matei não estarem no meu lugar.

Prometi a ele que amaria, dessa vez de forma egoísta, sem me importar mais com o amanhã, sem ligar para as consequências.

E sei que ele me ouviu, ouviu meu sussurro, e sorriu.

Porque agora eu o deixei descansar em paz.

- Me diz uma coisa, como é a vida no céu? – falei encarando o céu – Parece ser um lugar legal, você gosta? – sorri, abaixando levemente a cabeça. – Sabe...eu sinto sua falta, mais do que achei que poderia sentir. Estou finalmente sentindo a dor que fiz todas aquelas pessoas passarem, sei que você não gosta que eu pense assim, mas é a verdade. – passei as mãos pelo rosto, limpando uma lágrima solitária. – Faz mais de um ano Jimin, um ano e meio para ser mais exata. – olhei para baixo encarando meus pés. Estava sentada na lápide de Jimin, algo que sempre fazia quando vinha até aqui.

Seu corpo foi trazido de Paris por Yoongi, que agora, virou um filho para os Park.

O sol está escaldante, batendo firmemente no jardim solitário que o corpo de Jimin foi enterrado, já que todos decidimos que ele não deveria ficar em um cemitério.

- Faz um ano e meio após a tempestade – encarei as rosas brancas na minha mão, as girando lentamente, observando todo o ramo – Agora todos nós podemos viver Jimin, e aproveitar a primavera."

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- Eu tenho que ir, vou me atrasar para levar o Yeontan no pet shop - Escuto a voz alta de Taehyung vindo da sala, em forma de aviso.

Seus passos começam a ecoar pelo apartamento, apressado e atrasado como sempre me lembro dele estar. Ele passa pelo quarto, e vem até o closet, caminhando até seu lado, buscando um terno.

Ele veste a peça e vem até mim, me abraçando por trás. Vejo nossos reflexo pelo grande espelho na minha frente, e Taehyung sorrir ao nos encarar.

- Te pego hoje as nove - Ele me aperta entre seus braços - Prometo não me atrasar  - Ele me vira para ele, deixando um beijo nos meus lábios.

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐡𝐢𝐭𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠Onde histórias criam vida. Descubra agora