Capítulo 2:
Rosas Brancas.Meu telefone havia tocado na madrugada, me despertando de um sono tão sereno, que poderia jurar matar quem quer que fosse no outro lado da linha se o assunto não fosse realmente importante.
Mas era Kwan. Ele parecia atordoado, completamente impassível, ele queria que eu fosse de qualquer jeito ver a cena de um crime. Disse que era urgente e que eu precisa ver o local com meus próprios olhos.
Não estava entendendo sua ansiedade, mas Kwan não era de ficar daquele jeito por qualquer coisa.
Então eu me troquei, tentando fazer o mínimo de barulho o possível para não acordar Rose, que dormia como um anjo, ainda nua, enrolada aos cobertores.
Mas quando sai do closet acabei por deixar a porta bater e a acordei sem querer, achei que ela não acordaria, mas ele teve um leve despertar.
A avisei da situação, dei leves beijos em sua boca e testa, e deixei que ela voltasse a dormir. Logo depois segui as pressas para o endereço que Kwan havia me mandado.
Chegando lá haviam algumas viaturas, não tinha o famoso grupo de curiosos, afinal a madrugada, e a rua solitária não eram bons agrupamentos para se sair a noite, ainda mais com vários carros da polícia.
- Chefinho - Kai passa pela fita de proteção amarela, e vem às pressas até mim. Ele parecia tão ansioso quanto Kwan, também parecia um tanto exaltado e atordoado.
- O que aconteceu Kai? Por que me chamaram a essas horas? - Questiono passando por ele, afim de ir direto a cena, mas ele segura meus braços.
- Antes de você ir lá, não quer tomar um copo da água? - Ele questiona fazendo-me franzir o cenho.
O que diabos está acontecendo aqui?
- O que aconteceu aqui hein? - Solto meu braço do dele, e passo pela fita, recebendo saudações de alguns colegas de trabalho.
Escuto os passos de Kai atrás mim, dizendo algumas coisas que não dei atenção.
Passos pelo grupo de pesquisadores. E sigo até o fundo do beco - onde Kwan havia me passado o endereço - Onde estava concentrado o maior grupo de pesquisadores.
- O detetive chegou deixe ele ver - Escuto alguém falar, e aos poucos as pessoas saem da frente.
Assim que as pessoas pouco a pouco vão deixando minha visão, e abrindo espaço até a cena do crime, minha cabeça começa a funcionar em câmera lenta. E a imagem se forma como um quebra cabeça.
Gelo.
Não pode ser possível.
Olho mais uma vez, duas, três vezes.
Essa cena. Não pode ser verdade.
- Um tiro certeiro no coração, e uma rosa encima do corpo - Kwan se aproxima a passos lentos de mim, e bate uma pasta no meu peito - Isso te lembra alguém?
A mulher estava jogada no chão, havia acabado de sair de uma boate, suas roupas entregam isso, ela levou um tiro no coração, certeiro, e estava com uma rosa branca jogada no peito.
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𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐡𝐢𝐭𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠
RomanceHá coisas, que irão ultrapassar a linha tênue entre o amor e a verdade, há coisas que machucarão até a alma, cortando todo o indicie de razão, e há coisas, que jamais serão mudadas. Rosas continuam sendo marcas de mortes, um tiro continua sendo o m...