𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐡𝐢𝐭𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠

Capítulo 16.

Capítulo 16:
Me beija.

" Jimin, hoje eu aprendi a amar".

- Encontrado perto do túmulo de Jimin. Escrito por Rose, quatro dias após sua morte.

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Estou de frente para o espelho, encarando minha imagem. Estou maquiada, com o cabelo arrumado e um bonito vestido. Mas ainda sim, estou morta por dentro, cansada, e amedrontada.

Todos os dias, de todas as noites, dos últimos quadro dias, algo me atormenta. Algo bem maior que minha briga com Taehyung, ou o sabotador.

Mas um fato.

Pessoas estão morrendo.

Faz quatro dias, que sinto o peso de cada morte, os das outras trinta, ainda estão encapsulados em meus ombros.

É minha culpa. Completamente minha culpa.

Tento todos os dias dessa investigação conseguir mais, caminhar mais com isso. Mas sinto que cada vez que chego perto de uma conclusão, cada vez mais o ninho se embola.

Merda, estou indo até em uma festa.

Se aquela menina, não tiver nada. Chego a estaca zero novamente.

E se eu chegar, a estaca zero, significa que está tudo acabado.

Apertei minhas mãos, apoiadas na penteadeira, fechei os olhos, e deixei uma lágrima cair. Uma lágrima que valia toda a dor que estou sentindo.

Todos os dias, quando estou parada, sozinha, pensando em algo, fazendo algo alheio, como hoje em que me maquiei e me arrumei. Penso na vida de tantas pessoas que tirei, que adorariam estar fazendo as mesmas coisas.

Quando isso vai embora? Quando?

Abro os olhos, encarando a maquiagem em tons marrons. Me dedico em retoca-lá, afim de retirar o pequeno borrado que se formou.

Me encaro novamente no espelho, o cabelo alinhado caindo sobre o rosto, a face maquiada, e as joias brilhando.

Você matou pessoas. Você é a causa de pessoas morrerem. Você é um monstro.

Como ele pode amar alguém assim? Como foi que Taehyung me amou?

Olhei para minha mão, encarando meu dedo anelar, onde a aliança brilha.

Você me fez melhor. Você me fez mais. Você me fez alguém novo.

Eu amo você.

Sorri.

- Jimin, é real, eu estou cada vez mais apaixonada - sussurrei encarando meu dedo.

Me pergunto, o quanto sofrimento já não causei, e continuo causando. Sou digna mesmo de tanta felicidade? De amar tanto alguém?

De ser tão amada?

Escutei os barulhos das patinhas de Yeontan, e me virei para trás o encarando, ele parecia esperar que eu fizesse carinho nele, enquanto me encarava, dando baixos latidos.