Capítulo 4:
Instigada.Meu coração está acelerado, consigo sentir seu pulsar desorientado sobre meu top preto, e sei que Taehyung também, já que ele é quem está fechando os botões do meu terninho, o alinhando no meu corpo com suas mãos grandes e quentes, que a minutos atrás tocavam meu corpo.
Ele está abaixado sobre minhas pernas, dedicado a colocar as peças que ele próprio tirou, em um silêncio que me instiga.
Sua presença foi de fato uma surpresa, não imaginaria que ele viria aqui, mesmo após ter saído na madrugada de hoje, preocupado com um caso de assassinato, me deixando com severas dúvidas de seu paradeiro após não ter atendido nenhuma de minhas ligações.
Meu cérebro entrou em uma epifania maior quando ele tirou os papéis de minhas mãos, e desligou o telefone na cara de um cliente, me tomando em seus braços sem qualquer aviso, somente abdicando do meu corpo.
Taehyung estava impassivo, me tocava com desejo, ansiava sobre meu corpo, não me deixou o tocar, ao menos não direito, era como se estivesse focado somente em mim.
Não entendia o porquê daquilo, não entendi seu comportamento calado e afoito, mesmo quando eu deitada em seus braços após tudo, perguntei se ele estava bem, porquê eu sentia que não estava, e ele calou meus lábios com um beijo, como se quisesse revidar a pergunta.
- Por que decidiu me vestir? - Perguntei quando ele abotoou o último botão da peça preta. Taehyung havia apenas se levantado do sofá, colocado suas roupas, e veio em minha direção enquanto eu fechava o top, de primeira achei que era só isso que ele iria fazer, mas ele foi além, sentando-me no sofá, e colocando o resto das poucas peças.
- Como assim "por que"? Gosto de cuidar de você - Taehyung levanta os braços, tocando minhas bochechas com as mãos, deixando um leve carinho ali - Não posso te mimar as vezes? - Taehyung usava um tom de voz mais calmo e carinhoso, beirando a meiguice.
Por mais que eu achasse fofo, sabia que não era do seu habitual.
- Como foi hoje cedo? Na delegacia? - se ele não me respondia se estava bem, deveria começar perguntando do ponto em que ele ficou assim, ou seja, quando voltou de lá.
Taehyung mostrou uma face surpresa.
- Está perguntando do assassinato? - arqueei uma sobrancelha não entendendo o sentido de suas palavras.
- Estou perguntando se teve algo que te afetou, te deixou triste, qualquer coisa. Se o assassinato que foi investigar te deixou assim, é , pode estar na lista de coisas que quero saber.
Taehyung soltou um suspiro aliviado, me fazendo mais uma vez pastejar em dúvida.
- Não aconteceu nada comigo, não se preocupe - Taehyung soltou um sorriso, se levantando um pouco, e propositalmente trazendo sua face para mais perto de mim - Eu amo tanto você - ele sussurra ao encostar nossas testas, parecendo perdido nos próprios pensamentos no tempo que ficamos naquela posição em silêncio. Sentia que suas palavras anteriores também eram dedicadas ao seu próprio subconsciente, então não as respondi.
Ele nos separou, levantando do chão logo em seguida, checando o celular, ele olha para mim depois de alguns instantes.
- A ligação que eu desliguei, vai te causar problemas? - ele questionou se virando para mim.
- Eu dou um jeito nisso depois - falei me levantando.
- Desculpa, eu não calculei meus atos - ele andou até mim, me envolvendo em seu corpo, deixando nossos rostos separados, me deixando encara-lo - Me desculpa por fazer aquilo também, mas eu precisava de você e não podia esperar.
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𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐡𝐢𝐭𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠
RomanceHá coisas, que irão ultrapassar a linha tênue entre o amor e a verdade, há coisas que machucarão até a alma, cortando todo o indicie de razão, e há coisas, que jamais serão mudadas. Rosas continuam sendo marcas de mortes, um tiro continua sendo o m...