Capítulo 22.

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Capítulo 22:
A primeira vez, da minha última vez.

Meus pés batiam com força sobre o chão, correndo até o carro arrancando olhares assustados das pessoas a minha volta, só uma coisa passava pela minha cabeça, "eu preciso fazer isso, antes que seja tarde demais", e quando chegamos ao tarde demais as coisas se tornam horripilantemente piores.

Dessa vez, eu tinha que pensar além da minha vida quase perfeita, e olhar além das margens dos muros que construí para me livrar de tudo isso. Eu fiz coisas, e preciso pagar por elas, antes que alguém tenha que pagar no meu lugar.

Corre, corre, respira, acelera, ande.

Eu preciso chegar a tempo, a tempo de acabar com isso de uma vez, a tempo de Taehyung contar a alguém e de toda a policia estar atrás de mim. Sei que não sairei morta daqui hoje, afinal, qual seria a graça?

A morte não me assusta, há coisas piores que ela, e sei que é isso que enfrentarei hoje.

Eu encaro o GPS no meu celular, mas parece que não consigo prestar atenção na linha rocha, em na voz de comando, nervosa demais, ansiosa demais, prestes a ter um ataque de pânico.

1,2,3...respire.

Apertei minhas mãos contra o volante, sentindo formigar, me sinto tonta, caindo em um paradigma de confusões da minha mente, possibilidades, e impossibilidades.

Estão jogando com você Rose, tome cuidado.

Estreitei os olhos...o que esperar?

Pense Rose, pense Rose.

Você está em desvantagem, sabe disso, mas o que pode esperar?

Meus pés relaxaram no acelerador quando vi que só faltava uma rua para chegar na estrada, e edifício abandonados, comecei a sentir meu coração a palpitar com ainda mais força, quase querendo sair do peito, com uma dor angustiante.

Eu parei o carro, bem em frente a construção abandonada, encarei tudo que se dava para ver em meio a escuridão, a rua sem a miníma movimentação ou civilização ao redor, e o grande hotel.

Deixei meu celular no carro, junto com minha bolsa ou outra qualquer coisa, só estava entrando eu, minhas calças jeans, minha camiseta branca, e minhas botas, sem nada para se defender ou pedir ajuda. Estava a mercê da sorte, ou do destino.

A porta estava aberta, indicando um ato anormal. No chão estava os lacres de segurança, que foram arrancados, estava tudo escuro, mesmo quando entrei não podia ver a luz de nada, pelo o que dava para ver e concluir, estava no hall do hotel. Eu escutei um barulho, como se algo tivesse sido jogado propositalmente para chamar minha atenção.

Imediatamente olhei para cima, havia uma imensa escada, no modelo caracol que passava por todo o teto, podia levemente ver uma luz de lá, om cautela, comecei a subir a imensidão de degraus, agora, sabia que não estava sozinha.

A tensão só aumentava a medida que eu subia mais, e estava mais perto de chegar, do que agora, sabia ser uma porta, o único ponto de luz existente ali.

Parei em frente a porta, senti meu coração disparar e minhas pernas ficarem bambas, mas tinha que continuar, dei um passo, dois, quando vi já estava de frente para aquele homem, dentro de uma sala cheia de entulhos, acima dele, que estava na outra ponta da parede, havia um grande relógio, com 30 minutos marcados.

- Então você é a famosa The Roses? - sua voz é grave, ameaçadora, mais seduzente, ele aparenta ter trinta e poucos anos, mas está completamente em forma. - Ouvi muito sobre você, esperei por longas semanas esse momento...

𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐡𝐢𝐭𝐞 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 • 𝐊𝐢𝐦 𝐓𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠Onde histórias criam vida. Descubra agora