Capítulo 27

633 32 44
                                    

LEIAM COM A MÚSICA ACIMA TOCANDO.

[...]

Amy: Você venceu. Sete dias. É tudo que eu posso oferecer.

Chris: Sabia que as fotos seriam um gatilho. Como conseguiu entrar?

Amy: Mudei a cara, mas as digitais continuam iguais.

Chris: Vai querer a empresa de volta?

Amy: Nem que eu tivesse direito. O que vai me obrigar a fazer?

Chris: O que quiser... É a sua cidade, a sua família.

Amy: As crianças...

Chris: Seus primos adolescentes podem acabar te dando uns tapas na cara e você provavelmente vai escutar alguns sermões, mas no final será só abraços e beijos, eu garanto.

Amy: Eles me odeiam tanto assim?

Chris: Você desapareceu logo depois da morte da mãe deles.

Amy: É, eles têm os motivos deles.

Chris: Não vamos contar logo de cara. Primeiro, eles precisam gostar da Malina. Depois, podem te odiar e te amar de novo.

Amy: Não temos tanto tempo assim.

Chris: Então devemos começar imediatamente. Eles devem estar subindo pelo elevador agora mesmo.

Amy: O que fazem aqui?

Chris: Vou levar eles para almoçar. Charlotte e Louis foram liberados mais cedo hoje.

Amy: Sabe que eles estão com ciúmes da Malina, não sabe? Eles não suportariam te ver com outra garota.

Chris: Vou dar um jeito.

Amy: Sabe que vão te odiar por esconder a minha antiga identidade, não sabe? E vão me odiar mais ainda.

Chris: Você não tem uma identidade antiga. Seu nome é Amelia, ponto final.

Amy: Não é isso que os meus documentos dizem.

Chris: Até onde eu sei, Malina Blake não é ninguém. Roubou todo o seu dinheiro da verdadeira dona.

Amy: Você só ficou mais insuportável com os anos.

Chris: E você parou aos 16 anos. Ainda não sabe me xingar com palavrões.

Amy: Nem você.

Chris: Pelo menos eu faço alguma coisa. Você só muda de país em país, hotel caro em hotel caro.

Amy: O Chris de dez anos atrás jamais falaria assim comigo. O dinheiro subiu à cabeça?

Chris: O Chris de dez anos atrás tinha uma noiva e não era um solteirão amargurado. Além do mais, você deixou cem milhões pra mim, e me deu a chance de assumir a empresa. Quando Beatrice se aposentou, pareceu o momento perfeito para mergulhar nesse mundo e tentar te esquecer.

Amy: Parece que não funcionou.

Chris: E mesmo me matando para fazer essa empresa crescer, não consigo ter mais dinheiro do que você, que não faz nada da vida.

Amy sorriu ironicamente.

Chris: Disse que não sorria desde a morte da Kate... Isso incluía seus sorrisos debochados?

Perguntou, sentindo pena dela.

Amy: Acho que sim. Não experimentei muitas coisas além de tristeza, ódio e indignação na última década.

A Ascensão da RainhaOnde histórias criam vida. Descubra agora