"Minha vida e o meu mundo são vazios sem você Nosso amor foi tão profundo Impossível esquecer No meu corpo tem as suas digitais Na jaqueta jeans, um beijo de batom Estou pensando em escrever Volta, que eu te amo em luzes de néon"
- Declaração de Amor Daniel
Maandag, 15 juli 2019
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Chego no hospital. Após deixar tudo o que me no armário pertence, e vestir apenas o jaleco, saio do vestiário. Ainda os três não tinham chegado. Eu preferi vir mais cedo. Caminho até à sala do Dr. Richter, para avaliarmos a situação de um dos pacientes.
Nestes últimos dias, a relação entre mim e o Leon, ficou um pouco diferente, ou mais do que isto. No dia em que nos encontramos, dissemos tudo. Ele foi bastante sincero comigo, disse tudo o que sentia por mim, mas ele não ficou por baixo ao saber da minha confusão de sentimentos. Posso ter ficado balançada com o beijo, só que não estou convicta do que sinto. Ele não está ansioso para isto, tem paciência. Está disposto a ajudar-me a esclarecer tudo.
Ele encontra-se nos EUA, em que decorrerá a pré-temporada do Bayern. Só voltará quase no final do mês. Admito que por ele estar mais longe, por três semanas e alguns dias, faz-me sentir uma falta. Talvez a distância irá ajudar-me a perceber o que eu sinto. Toda vez que possamos conversar virtualmente, fico ansiosa para o tal. Vamos levar tudo com calma, sem pressa.
Bato na porta de vidro da sala do Dr. Richter, e ele libera a minha entrada. Está um pouco abatido, mas da mesma forma, insiste em vir ao hospital.
- Dr. Richter, o senhor está bem? - eu sabia que não, e hoje está mais debilitado.
- Estou, não te preocupes. - coloca a mão na cabeça.
- Não, não parece. Acho que o senhor deve... - antes mesmo que eu possa terminar, ele afasta a cadeira, e começa a vomitar. Vou logo em sua direção.
- Eu estou bem, estou bem. - tenta dizer.
- Não, o senhor não está.
- É apenas um efeito colateral da quimioterapia. Vai acontecer com frequência.
- Mas o fato, não é apenas ter vomitado. O senhor não está em condições de supervisionar-nos hoje. Necessita de repouso, e não de trabalho.
- Eu preciso de trabalho sim, porque é a única forma que tenho de esquecer um pouco do que estou a passar.
- Não pode trabalhar, a saber que não encontra com o bem-estar para o fazer.
