JULIANA
Subi na moto e ele pilotou até uma casa abandonada, do outro lado do morro, era o tal abatedouro.
Desci da moto e Felipe me puxou.— Me solta, Felipe !! —
— Juliana, pensa bem no que você vai fazer. Juh, eu te entendo, deve tá puta, mas aí. Não vale a pena, não mata ninguém, lembra como ficou, depois de ter matado a Marcela ? Quer passar por tudo aquilo de novo ? —
Ele me olhava fixamente.— Quer um conselho ? Atira na pernas, chama a Isis, e bate nessa vagabunda, deixa ela careca e bem marcada. Só não mata — Coçou a cabeça agitado depois de tirar o próprio capacete. — Com o C.R...aí Juh, já é com você, só que ele, a gente não pode deixar barato. Então, é meu único conselho, não mata ninguém — Me soltou.
Concordei repensando oque iria fazer.
Ele abriu a porta do barraco com cuidado pra não fazer barulho, e me deixou ir primeiro.Assim que Felipe abriu a porta, os gritos do Neguinho morrendo queimado, vieram a minha cabeça.
Tomei fôlego e destravei a arma, já entrando no barraco.
No primeiro cômodo, tinha uma mesa, com baldes, correntes, gancho de carne, maquininha, facas e muito mais, era um kit tortura completo.
Entrei no outro cômodo e senti aquele ódio me tomar de novo.C.R estava dormindo com a vagabunda no peito, a desgraçada pelada com as pernas tatuadas em cima dele.
Eu senti vontade de chorar, mas o ódio no momento era maior. Atirei pra cima e os dois levantaram num pulo, C.R me olhou assustado e ela ficou pálida.
— Que lindo. Sério, C.R ? Traição ? —
— Juh, não é isso que você tá pensando, eu posso te explicar — Sério que ele disse isso ?.
— SE ABRIR A BOCA DE NOVO, EU JURO QUE MATO A SUA PUTA !! — Mirei nela e sorri.
— VOCÊ É UM FILHO DA PUTA, C.R. A SUA FILHA, TAVA COM QUARENTA GRAUS DE FEBRE, A SUA FILHA TAVA A PONTO DE TER UMA CONVULSÃO !! E VOCÊ TAVA AONDE ? —
— Juh, eu juro que foi sem querer, eu não ouvi o celular tocar, ele tava no último volume, você sabe que sempre deixei assim. Me desculpa, por favor — Pegou sua bermuda e olhou pra vagabunda. — Se veste, PORRA ! —
— Juliana, calma ! — Ela teve a coragem de sorrir pra mim. — Acho que eu coloquei o celular dele no mudo. Não fica assim, a gente se gosta, ninguém vai mudar isso. E outra, tem que acostumar a Manu assim, agora ela vai ter uma madrasta — Disse enquanto se vestia rapidamente.
— Espera, VOCÊ ABRIU A BOCA, PRA FALAR O NOME DA MINHA FILHA ? — Puxei o gatilho soltando a primeira bala na perna dela. — VOCÊ SABIA, QUE ESSA VAGABUNDA IA NA MINHA LOJA, COM A CARTEIRA CHEIA DE NOTAS DE CEM ?. ESBANJANDO, DIZENDO QUE TAVA ENROLADA E LOGO VIRARIA FIEL ? E A CHIFRUDA AQUI, COM UM PAR LINDO DE GALHAS CRESCENDO —Eu realmente não podia acreditar naquilo tudo.
— C.R, EU PASSEI MESES DA MINHA GRAVIDEZ, NUMA CADEIRA DE HOSPITAL, IMPLORANDO A DEUS PRA VOCÊ ACORDAR — Senti as lágrimas começando a molhar meu rosto.
— EU FUI ESTUPRADA, ENQUANTO ESTAVA GRÁVIDA, POR SUA CAUSA !!, EU APANHEI, FUI AMEAÇADA E QUEIMADA, POR SUA CAUSA, EU MATEI, POR CULPA SUA.
EU APANHEI DE VOCÊ !! C.R, VOCÊ É UM LIXO !! —Ele olhou a puta sangrando no chão e se aproximou apertando a bala.
— Eu não falei, pra ficar LONGE DELA ? — Perguntou enfurecido e logo levantou. — Juh, por favor, não fala isso. Eu amo você, eu me odeio toda vez que lembro disso. Por favor não faz isso, vamos conversar, me perdoa, Juliana —
— C.R, EU TIVE UMA PARADA CARDIACA, DEPOIS DE DAR A LUZ, SEU DESGRAÇADO !!.
SE VOCÊ ME AMASSE, IA LEMBRAR DE TUDO QUE EU PASSEI, TUDO MESMO, E IA PROVAR SEU AMOR NÃO ME TRAINDO, OU TENDO UM POUCO DE DIGNIDADE ME DIZENDO QUE NÃO DAVA MAIS PRA MANTER UM RELACIONAMENTO COMIGO —Puxei o ar que já me faltava.
— OQUE EU PRECISO ? DE MAIS DE CEM TATUAGENS ? EU PRECISO TER UM CORPO COMO O DELA ?. FALAAA !! —
— Se isso ficar marcado, você vai me pagar, desgraçada ! — Aquela maldita teve coragem de se pronunciar outra vez. — C.R, me ajuda, por favor —
Me aproximei dela apontando a arma pro C.R. A segurei pelo cabelo o enrolando na minha mão.
— Você não tá entendendo, né ? Eu vou fazer uma coisa, que vai te fazer entender de uma vez por todas ! — Puxei ela até o primeiro cômodo e coloquei a arma na minha cintura.
Peguei a maquininha e Felipe observava tudo. A essa altura, outros homens já tinham chegado também e só olhavam.
— Isso é pra você aprender, a parar de ser desaforada. Toda vez que se ver careca, sua puta, você vai lembrar, que ele era casado.
Se sua mãe não te ensinou, EU TE ENSINO ! —Comecei a passar a maquininha na cabeça dela, a mesma chorava como criança, pedindo ajuda pro C.R.
— Sabe porque ele não vai te ajudar ? Porque se ele der um passo, eu mato você. Mas agora, eu já acabei, você ficou linda — Joguei a maquininha no Cláudio e peguei uma das facas na mesa.
Passei de um lado da cabeça dela, ficaria com uma falha de cabelos enorme.
Em seguida, passei a faca em seu rosto, mas dessa vez, com toda a força. Com certeza iria ficar marcado pra sempre.
Por fim, enfiei a faca na outra perna daquela puta, deixando meu ódio se esvair.— Juliana chega ! Para com isso, vamos pra casa ! — Cláudio me segurou não ligando muito pra arma outra vez em minha mão.
— Casa ? Só se for a sua, com ela. Porque eu não moro mais com você, achou que ia ficar por isso mesmo ? —Senti mais e mais lágrimas descendo.
— C.R, acabou, eu vou embora e vou levar a MINHA filha, comigo —
— Juliana, não faz isso..... Porra tô te pedindo, pela Manu — Suspirou.M— PORRA eu fui um babaca, eu tô perdendo a mina mais daora que já conheci e a culpa é só minha — Me puxou pra mais perto. — Eu te amo —
Dei um tapa na cara dele, com toda a raiva que existia em mim naquele momento.
— Não fala que me ama, VOCÊ NÃO SABE OQUE É AMOR. A SUA FILHA CHAMOU VOCÊ O TEMPO TODO, NA PORRA DO HOSPITAL E VOCÊ NÃO TAVA LÁ, C.R — Apontei a arma pra ele.Todos estavam vendo a cena e ninguém fazia nada.
Eu estava cega de ódio, e não ia ligar de acabar fazendo alguma merda.— Se não se afastar, eu vou matar você, eu não tô blefando —
ZL foi o corajoso da vez, se aproximou e segurou meu ombro com firmeza.
— Juh, por favor, não faz isso, você vai se arrepender —
— Não, ZL, eu não vou me arrepender — Sorri. — Eu tenho certeza que vocês sabiam, mas ninguém me contou nada —Olhei C.R, e mirei o peito dele.
— Quanto tempo ? TEM QUANTO TEMPO, C.R ? —
Assim que ele disse quatro meses, eu arregalei os olhos e ZL puxou meu braço, tirando a arma da minha mão. Confesso que se ele não tivesse feito aquilo, eu teria atirado.
Me virei pra ele e balancei a cabeça negando.
— Vocês sabiam ? — Não tive respostas então andei até o Felipe. — Vocês sabiam ? Todo mundo sabia, Felipe ? — Eu precisava ouvir.
— Juh, a gente não podia fazer muita coisa. Mas pensa bem, fora do morro você corre perigo com a Manu —
— O único lugar que eu corro perigo, é aqui.....com tantos "amigos" — Fiz aspas e passei as mãos na cabeça, sem conseguir pensar em outra coisa saí de lá o mais rápido que podia.
OQUE ACHARAM MEUS AMORES ???. JUJU SE VINGOU OU C.R PRECISA DE MAIS ???.
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Da Zona Sul pro Morro 2.
RomanceTudo está mudado. Juliana está mais forte e experiente. Protege e cuida de sua filha com toda a garra do mundo. Ela vai se aventurar e ousar mais do que nunca, experimentar outras paixões. Inclusive, dentro do próprio complexo do Alemão. C.R se enco...