Nosso lugar.

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JULIANA

Me virei na cama e senti o corpo do C.R ao lado do meu.

Abri os olhos me certificando de que ele estava bem e suspirei aliviada, dei um leve beijo em sua testa e me levantei.

Novamente chegou mais tarde, mas era somente trabalho e até veio algumas vezes aqui querendo saber se precisávamos de algo.

Fechei as cortinas impedindo que a claridade do dia ultrapassasse as portas de vidro que fechavam a varanda.

Fui ao banheiro e fiz minha higiene. Desci as escadas com Vitor nos braços e a Rita estava lá em baixo, preparando nosso café.

- Aaah, como Deus é bom - Abracei ela de mau jeito.

- Que foi meu amor ? - Sorriu enquanto colocava o café na garrafa. - O leite está na outra, tá bom ? -

- Tá bom, obrigada - Me sentei. - Fiquei feliz, pois esse carinha está muito enjoado, da última vez, só você acalmou ele.
Faça o favor, de vir tomar café comigo, vai - Ela riu se sentando.

- Me conte, como foram esses dias ? - Pegou o neném.

- Ah.....normal - Ela arregalou os olhos. - É sério, normal. Você sabe que a gente não viajou, então eu tive que fazer bem meu dever de casa, né ! -

Puxei um pedaço de bolo da bandeja.

- Olha que safada sua mãe é, neném - Arrumou a chupeta na boca dele.

- Ai - Coloquei a mão no peito fingindo ofensa. - Não fala assim -

- E fez bem mesmo, em, se é louco - C.R apareceu se intrometendo e beijou meu pescoço.

- C.R ! - Coloquei a mão na testa com vergonha. - Tem como parar de ser besta ? -

- Todo mundo faz isso, Juh, calma -Disse a Rita e nós rimos. C.R a encarou com os braços cruzados. - Oque ? -

- TODO mundo, dona Rita ? - Fechou a cara. - Vou nem falar nada, em -

- Todo mundo. E como já dizia minha mãe, eu não sou todo mundo - Ele fingiu acreditar e foi tomar café. - Vou preparar o banho desse delícia aqui - Beijou as bochechas do Vitor.

- Amor da minha vida, vai dormir aqui hoje ? Eu ia te pedir uma coisa - C.R piscou algumas vezes tentando fazer cara fofa.

- Pretendo.....por qual motivo o senhor gostaria de saber ? - Ela levantou.

- Quero levar dona Juliana Rodrigues, em um lugar aí, mas tem que ser no fim da tarde -

- Lugar ? Que lugar ? - Perguntei curiosa.

- Se for AQUELE lugar, pode ir tranquilo, ela vai gostar - Sorri. - Agora tchauzinho -

- Não vão me dizer mesmo ? - Eles negaram e eu bufei. - Mês que vem é seu aniversário, dona Rita, a senhora me paga, viu ? - Ela riu enquanto saía.

Meu marido tomou o café e levantou apressado.

- Vou me trocar. Lá pelas cinco, você se arruma, em, vou passar aqui pra gente ir. Não é nada chique, mas tu vai gostar -

Ele foi trabalhar depois de mais ou menos meia hora e durante o dia me restou apenas a curiosidade, até tentei comprar a Rita mas nada feito.

Quando o relógio marcou cinco da tarde, eu subi pra me arrumar.

Tomei um banho e vesti uma jardineira de shortinho, desfiado na barra, com um top branco.

Deixei o cabelo solto mesmo e arrumei minhas sobrancelhas. Coloquei uma rasteirinha e desci as escadas em silêncio, pois Manu e Vitor estavam dormindo, depois de tanta bagunça.

Da Zona Sul pro Morro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora