C.R
Ajuntei uma cama na outra empurrando com o pé e o joelho.
Deitei Juliana e puxei sua calça junto com a calcinha, sequei as pernas dela e tentei passar calma.
— Amor.....vai dar tudo certo...mas, você precisa fazer força. Quando eu contar até três você faz, tá ? —
Ela concordou com o olhar de medo e um trovão acendeu o céu lá fora.
— Um, dois, três !! — Falei, lembrando do que o médico fazia, no dia em que a Manu nasceu e Juliana começou a fazer força.
Procurou minha mão e logo apertou fazendo o máximo de força que podia.
— AAAAA.....TÁ DOENDO DEMAIS ! —
— Você consegue, lembra da última vez ? Você conseguiu e sei que vai conseguir agora. Um...dois...três ! —
Ela fez força de novo e depois de pouquíssimos minutos repetindo o processo, eu comecei a ver o meu filho.
— ISSO AMOR, VAI, DE NOVO, EU TÔ VENDO ELE. SÓ MAIS UM POUCO ! —
Vi uma toalha enrolada num canto da cama e puxei abrindo ela.
Coloquei as mãos no pescoço do Vitor, com toda calma fui girando pra sair mais fácil. Nem sei de onde tirei aquilo, mas o importante é que funcionou.
Puxei devagar percebendo que a melhor coisa que fiz, foi ter pegado a toalha, porque ele saiu todo lisinho.
Desenrolei o cordão umbilical do pescoço do bebe e como não sabia oque fazer com a placenta, deixei na toalha junto com ele.
Limpei os olhos, nariz e boca do meu filho e ouvi ZL me mandando bater na bunda dele pra chorar e quando fiz isso, chega deu uma dor no coração.
Mas pela segunda vez, eu tive a melhor sensação da minha vida. Ouvir o primeiro choro de um filho, é um sentimento que não tem explicação, eu também já tava chorando a essas alturas.
O enrolei bem na toalha pra não perder a temperatura, em seguida, peguei a coberta que estava na ponta da cama e cobri Juliana também.
Me sentei do lado dela com Vitor no braço e sequei o suor de sua testa deixando um beijo ali.
— Ele chegou....— Sorri a vendo se desabar em lágrimas, assim como eu. Mostrei o bebê e ajudei ela a por ele no peito, o mesmo se acalmou começando a puxar todo com fome.
Juliana beijou a cabeça dele e vimos uma mãozinha pequena acariciar seu rosto, olhamos Emanuelle logo acima e a mãe beijou a mão dela.
— Olha pai....seu irmãozinho — Sorri.
Ela me mandou ficar quieto dizendo que a mamãe queria dormir e eu obedeci, mas ela não aguentou muito tempo e foi olhar de perto o neném.
Essa cena vai ficar guardada eternamente.
...
Depois de deixar a Juliana dormindo em segurança, com o bebê no hospital, eu fui pra casa com a Manu. Dei banho nela e coloquei uma roupa confortável pois o céu estava ficando limpo e o sol já aparecia na maior ignorância com a gente.
Dei almoço pra ela e a bichinha capotou na cama com Duque do lado.
Tomei um banho também e fiz na sala o mesmo esquema de quando a Manu nasceu, pra Juh não subir escada nos primeiros dias. Depois de descer o berço, coloquei a grade divisória na escada, para o Duque não passar e arrumei tudo.
Peguei as bolsas e depois que Bruna chegou, eu retornei ao hospital.
Cheguei no sapatinho e deixei tudo no armário do quarto, passei o olho no meu filho e na Juh e sai outra vez.
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Da Zona Sul pro Morro 2.
RomanceTudo está mudado. Juliana está mais forte e experiente. Protege e cuida de sua filha com toda a garra do mundo. Ela vai se aventurar e ousar mais do que nunca, experimentar outras paixões. Inclusive, dentro do próprio complexo do Alemão. C.R se enco...