JULIANA
Trinta e um dias se passaram desde a morte do Dedé. Foi difícil ver como a mãe dele estava no enterro do próprio filho. Com certeza essa é a pior dor pra uma mulher sentir.Eu cheguei no quarto mês da gestação, não tinha conseguido contar pra Manu, ela com certeza contaria ao pai. Então resolvi deixar quieto.
Fiz meus exames e tá tudo certo, minha barriga já esta bem avantajada pra pouco tempo, eu estou amando.
Não cogito a ideia de contar pro C.R tão cedo, quando ele vem buscar e deixar a Manu, eu só uso roupas largas para que ele não acabe percebendo. Claro que, já, já não vai dar pra disfarçar, então, ele vai ter que saber. Mas isso, eu deixo pra contar depois.Eu estou indo abrir a loja com menos frequência pelo tanto de enjoos e tonturas que venho sentindo. Até pra levar Manu pra creche ficou complicado.
C.R vem buscá-la ou sempre manda ZL, esse já desconfia de algo, mas do mesmo modo que me esconderam a traição, eu vou esconder minha gravidez. Sim ! eu ainda estou com muita raiva.
Estavam faltando algumas coisas e eu fui fazer compras no mercado, não era muito longe, mas sozinha pesou muito. Estava quase chegando e morrendo, meus dedos ficaram brancos e doloridos pela falta de circulação.
— Precisa de ajuda ? — Uma voz grave meio conhecida se sobressaiu as minhas reclamações e eu me virei vendo William.
— Claro ! — Rimos e ele pegou as sacolas de mim as levantando como se não fossem nada. Maxi as mãos vendo o sangue voltar a circular.Nós não éramos, TÃO íntimos, até porque era pouco tempo, mas sempre nos falávamos.
Eu apertei o botão que chamava um dos elevadores e subimos conversando.
Quando estávamos prestes a entrar no meu apartamento algo nos chamou atenção.
— Tá precisando de ajuda, Juliana ?? — Me virei vendo o Cláudio parado com uma cara nada agradável. Dei graças a Deus por estar com um vestido bem largo.
Fitei William por uns instantes e ele se virou pra ver o C.R.
— Não mais, William me ajudou. Ah, C.R, esse é meu vizinho, Will. Will, esse é o Cláudio, meu ex e pai da minha filha —
Pareceu meio constrangido pela situação, mas cumprimentou o C.R, que o respondeu de cara fechada.
Will também não forçou simpatia, entrou deixando minhas compras na cozinha e voltou rápido.
— Olha, Juh, tá tudo lá, depois a gente se fala, beleza ? — Passou pelo babaca e eu tive a impressão de ver o perfeito corpo de uma arma marcando na parte de trás de sua camisa, parecia estar presa no cós da calça.
Ele abriu a porta e entrou, balancei a cabeça, só poderia estar ficando perturbada, Will com uma arma ?. Ri dos meus pensamentos e olhei minha filha.
C.R
Mano, sinto a maior saudade da Juliana, hoje então, nem se fala. Era pra gente estar comemorando mais um mês juntos, já tô há um mês e meio sem ela e pô, vou dizer, tá ruim pra cacete. Mas eu tinha que ter pensado nisso antes de trair.Falando em traição, Laila veio me procurar de novo, ela estava de boné e com as cicatrizes que Juliana fez nela, eu mandei logo vazar. Se eu queria Juliana ainda, não podia dar brecha de novo pra Laila ou pra qualquer outra.
A Juliana é loucona, só de lembrar oque ela fez eu arrepio, na hora até fiquei com dó, mais agora dá é medo daquela criatura.
Estava voltando da creche com a Manu e aproveitei pra passar numa floricultura e comprar umas rosas pra Juh, depois fui a caminho de uma joalheria.
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Da Zona Sul pro Morro 2.
RomanceTudo está mudado. Juliana está mais forte e experiente. Protege e cuida de sua filha com toda a garra do mundo. Ela vai se aventurar e ousar mais do que nunca, experimentar outras paixões. Inclusive, dentro do próprio complexo do Alemão. C.R se enco...