Seja bem vindo

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JULIANA


Entrei em casa e sorri vendo a sala toda arrumada como da última vez. Dei uma leve olhada pra trás e pisquei pro meu namorado, que vinha com as bolsas.

— Olha, meu bem, o papai tá nota dez, em ! — Coloquei Vitor no berço com o ninho e fechei o mosquiteiro. — Amor, cadê a Manu ? —

Me virei olhando pra ele preocupada.


— Tá com a Bruna, vai lá tomar um banho. É o tempo que eu ligo pra ela trazer a Manu — Deixou as bolsas no chão.


— Tá bom — Tirei a blusa e dentro da bolsa peguei uma camisola soltinha, que estava limpa.


Fui ao banheiro que tínhamos aqui no andar debaixo e terminei de tirar a roupa.

Liguei o chuveiro deixando a água quente cair em minhas costas, enquanto pensava em tudo oque houve nos últimos dias.

Eu não podia acreditar que dormi com um rival, isso foi um prato cheio pra eles, me deu até vontade de vomitar só de imaginar aquele bando de homem vendo as tais fotos.
Suspirei tentando não pensar mais nisso e após um longo banho, me vesti e sai do banheiro.

Voltei a sala e analisei C.R, babando em cima do Vitor, que dormia tranquilo.
Sorri e me aproximei o abraçando por trás.

— Para de babar, vai — Ele se virou me abraçando.


— Ele é a sua cara — Beijou minha testa. — Na verdade, os dois são muito parecidos com você —


— Para de mentir — Ele fingiu espanto. — A Manu não tem nada haver comigo, Cláudio, até o gênio é igual ao seu —


— A é ? — Me puxou calmamente pro sofá. — Me diz....como é meu gênio ? —

Deitei no colo dele.


— Irritante....possessivo, marrento e mandão — Ele riu. — Nunca reparou como ela manda nas crianças quando estão brincando ? E sem falar do Bernardo, coitado, ela acha que ele é só dela —


— Só que mesmo assim, você ama a gente, né ? — Selou meus lábios com carinho.


— Com certeza, não sei viver sem vocês. Mas, o senhor não pode expressar nenhuma dessas coisas mais, além de sentar e conversar sobre oque está sentindo, entendeu ?.
Digamos que o seu "antigo" perfil, se encaixava em macho tóxico, e temos que ir ensinando sua filha também, não é só homem que tem esse tipo de comportamento —


— Sentar e conversar ? — Assenti. — Beleza, sentar e conversar e também ensinar a Manu. Vou te mostrar que consigo — Sorriu.


— Bom mesmo, porque não terá novas chances — Ele fez sinal de contingência e eu ri. — A Bruna tá demorando... —


— Calma, mulher — Riu e Duque começou a chorar no pé da escada.

— Oh meu Deus, a mamãe nem falou com você, meu amor — Levantei devagar e fui pra escada, abri a grade divisória e deixei ele passar, o mesmo foi pro sofá correndo, me esperando chegar.
Me sentei e ele já veio me lambendo toda. — Calma, neném —


C.R negou com a cabeça segurando o riso, quando Duque deitou de barriga pra cima esperando carinho.


— Mais folgado que eu esse daí, só que eu gosto de carinho mais embaixo — Ri da idiotice. — Aliás o ginecologista disse que são quarenta e cinco dias sem sexo, mas, você chegou a passar no dentista ? Ele disse alguma coisa sobre não usar a boca ? —

Neguei com a cabeça demorando um pouco pra raciocinar.


— Que ? Como assim ? — Revirei os olhos assim que entendi. — Seu idiota ! —

Da Zona Sul pro Morro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora