Da Zona Sul pro Morro 2.

Invasão

C.R

Assim que o dia amanheceu sai de casa, fui trampar sem dormir mesmo.

Cheguei na boca pra pegar o lucro semanal e paguei a porcentagem do Felipe.

Entrei no meu escritório e quando deu umas dez da manhã a Laila chegou e já foi entrando.

Mandei os meninos saírem e claro, comi ela. Depois da farra a mina disse que tava precisando comprar umas calcinhas novas pra usar comigo, a desculpa pro dinheiro era sempre essa, provavelmente já não tinha espaço pra guardar calcinha na casa dela.

Dei uma grana e mandei vazar porque precisava trabalhar, tinha uns carregamentos de cesta básica pra distribuir pros moradores aqui e uns armamentos chegando.

LAILA

Conheci C.R num baile em que a mulher dele não foi. Não me fiz de rogada, eu já tava de olho no dono do morro há uns tempos. Mas precisei insistir muito pra ele cair nos meus encantos, ele era bem fiel aquela aguada, pensa numa garota sem sal, a cara de nojenta dela era imensa, mas todos babavam ovo pra ela aqui.

Pedi dinheiro pro Cláudio depois dele me dar um bom trato, claro que eu não ia pro asfalto. Então, só tinha uma opção, né ? Comprar na loja da mulherzinha corna do dele.

— Oii, Boa tarde — Disse quando entrei na loja e ela levantou da cadeira enfiando seu celular no bolso.

— Boa tarde, tudo bem ? Como posso te ajudar ? — Disse toda simpática.

— Então, tô querendo ver umas lingeries, será que rola ? — Me encostei no balcão fazendo cara de amigável.

— Claro, tem preferência de cor ou modelo ??? —

Tirou seis conjuntos de cor e modelo diferentes pra eu ver.

— Nossa, são muito lindos — Escolhi as seis que ela pegou. Além disso peguei um boddy cavado e um biquíni rosa claro. Eu ia ficar um nojo.

Paguei a idiota, exibindo as notas de cem.

— Você é mulher do C.R, né ? —

— Sou sim, por que ? — Arqueou as sobrancelhas e vi um caminhão parando perto da loja. Era provável ser o próprio C.R entregando as cestas básicas pro pessoal ou recebendo alguma coisa.
— E você ?? É mulher de um dos envolvidos ??  —

— Por nada, o povo comenta que você matou uma mulher, é verdade ? — Peguei meu troco. — Mais ou menos, tô meio enrolada com ele, mas já, já, viro a fiel — Joguei o cabelo pra trás.

— Matei sim, ela mexeu com uma coisa que é minha e não fiquei muito feliz, meti uma bala na testa dela — Disse normalmente e eu fiquei meio tensa.

— Olha, tenho coisas pra fazer ainda hoje, tenho que ir, tá bom ? Obrigada, até mais. Prometo voltar sempre que der — Sai andando calmamente.

C.R

Deixei os meninos ajuntando o pessoal e fui fazer uma visita pra Juh.