Talarico

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C.R



Acordei com uma puta dor de cabeça e Juliana tava praticamente em cima do meu corpo.

Não tinha como sair sem acordar ela, respirei fundo e fui me virando pra ela ficar na cama, levantei vendo a garrafa vazia no chão.

— Que legal, enchi o toba de álcool — Falei baixo e fui saindo do quarto.

— E deu show com direito a musiquinha — Me virei vendo ela se sentando na cama e tentando não rir, se levantou parando em minha frente. — Toma um remédio, vai melhorar —

— Já é, valeu pela paciência —

— Tô acostumada com você fazendo merda —

— Foi mal — Coçei a cabeça. — Vou levar a Manu na creche —

— Pode deixar que eu levo, vou falar com a Nick pra irmos juntas —

— Beleza —

Saí do quarto e fiz oque Juliana mandou, tomei um remédio e depois de um banho me vesti e fui pra varanda.

Deitei na rede enquanto ligava pro novo comandante da polícia pra resolver algumas coisas, depois que ele desligou, meu celular tocou e era outra ligação, dessa vez era Jaime.

— Fala, meu bom, tava pensando num churras domingo, em ! —

— Agora sim, gostei, quer fazer aqui não ? Eu compro a cerveja e vou mandar limparem a piscina —

— Salvou ! Beleza, eu compro a carne e as outras coisas —

— Beleza então, vou avisar a Juh. Falou, até domingo então, mano —

Entrei no quarto da Juliana e ela não tava, o celular acendeu perto da bolsa e eu peguei pra ver, era mensagem da Nicolly dizendo que: "Já, já elas se viam".

Abri a conversa e nem precisei ler muito, pra sentir um ódio me subindo a cabeça.

Abri a porta e fui indo pra escada, vi Juliana subindo com a maior cara de pau pro meu lado.

— Tá tudo bem ? —

Mostrei o celular.

— Por isso não me contou quem era, né ? — Encostei ela na parede e olhei a Manu no sofá lá em baixo, puxei Juliana pelo braço até o quarto.

— C.R....eu....é...me desculpa. Por favor, não me machuca, eu sinto muito — Joguei ela na cama com força. — C.R, a Manu tá lá em baixo —

— CALA A BOCA, CARALHO, CALA ESSA BOCA ! — Chutei a cama com raiva e peguei o rádinho.

— FP, o ZL tá aí ? — Ele respondeu que sim. — Segura ele aí, não fala porque, só segura ele aí —

Sorri depois que ele concordou e cheguei perto da Juliana.

Tirei a arma na cintura e coloquei na cabeça dela.

— Eu só não te dou um belo de um pipoco no pote, porque tu é a mãe dos meus filhos e tá grávida. Se não fosse isso, sua cretina, você ia encontrar sua mãezinha lá no céu hoje —

Larguei a arma e grudei os cabelos dela.

— ELE É UM TALARICO DO CARALHO, E VOCÊ NÃO PASSA DE UMA VAGABUNDA DESGRAÇADA ! —

— Cláudio, para por favor ! — As lágrimas começaram a descer copiosamente em seu rosto. — Eu juro, que foi só uma vez, você sabe que eu não sou assim. Eu nunca te trairia, foi depois do baile, você estava com um monte de puta no colo eu fiquei nervosa —

— AH, VOCÊ ACHA QUE DAR PRO MEU AMIGO, NÃO É UMA TRAIÇÃO ? — Levei as mãos pro pescoço dela me segurando pra não apertar.
— VOCÊ TEM MUITA SORTE DE ESTAR GRÁVIDA, SUA FILHA DA PUTA.
EU VOU MATAR ELE, JULIANA, MATAR !! —

Da Zona Sul pro Morro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora