Dramática

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JULIANA

Eu até chamei C.R, porém, o mesmo não ligou muito, estava nervosinho.

Me joguei no sofá bufando e não demorou muito pro meu estômago roncar.

Fui até a cozinha pra fuçar a geladeira.

Peguei a garrafa de Iogurte e também uma vasilha com presunto e queijo, deixei na mesa e voltei pra frente da geladeira.

Peguei um pé de alface, lavei o mesmo e fiz quatro lanches naturais, me sentei na mesa começando a comer e aquilo estava muito bom, ou podia ser a minha fome que estava gigante.

A porta da sala foi aberta e eu rapidamente me levantei pra ver quem era.

— RITAAAAA !! — Corri pra abraçá-la. — Que saudade de você —

— Oh meu amor, nem fala. Eu mais ainda, não esqueci um dia só desse seu jeitinho de menina — Me soltou e passou as mãos pelo meu rosto. — Minha menina — Sorriu com os olhos cheios de água.

— Não....não chora — Funguei já sentindo vontade de fazer a mesma coisa. — Vou acabar chorando também — Abracei ela de novo. — Eu estava precisando tanto de você —

— Eu imagino, me desculpa, é que não sei mexer muito bem com essa geringonça que C.R me deu. Por isso não consigo responder às pessoas — Me soltou novamente e pareceu me analisar bem. — Juliana.....quer me contar alguma coisa ? —

— Muitas......eu preciso falar e só você vai me entender, Rita — Ela pegou minhas mãos e beijou, fiz o mesmo e ela me puxou pra cozinha para conversarmos.

Olhou o prato com quatro pães e a garrafa de Iogurte aberta.

— Ué, me disseram que C.R tava lá no escritório — Abriu a bolsa e tirou algumas guloseimas que trouxe.

— Ele está — Me sentei voltando a comer e ela riu dizendo que não era nada e se calou por um tempo. — Que foi, que tá me olhando assim ? —

Vi as geleias de morango que a Manu adorava e peguei uma. Abri os últimos dois pães e passei misturando com a maionese.

— Hmmmm, achei oque faltava ! — 

Rita se sentou de frente pra mim.

— E então....vamos conversar ? — Abriu sua garrafa e tomou um gole de água.

— Você....ficou sabendo, com certeza, né ? — Suspirei. — Então, eu fui embora pro apartamento, eu só não voltei pra buscar o Duque porque ele é muito grandão, ele não iria se sentir bem.
Mas eu não consegui voltar aqui desde então, sabe.
Hoje eu não sei oque me deu, quando eu sai do apartamento do.... — Ela me encarou.

— Juliana ? Agora você continua, sabe que eu nunca juguei suas atitudes, não é ? — Segurei minha mão. — Pode falar —

— Rita, eu.....transei com outro cara ontem....e eu não vou mentir, foi bom e eu não estou me sentindo culpada. Ele é um cara legal, bonito e gostoso —

— Bom filha, pelo menos você esperou o relacionamento terminar. Independe de com quantos estiver, dar ou beijar, ninguém vai poder te culpar de nada — Sorriu. — Me mostra uma foto dele, quero ver se é tudo isso mesmo —

Mostrei uma foto no meu celular e ela fechou o sorriso.

— Bonito o rapaz realmente é, só que tem alguma coisa estranha nele. Ele é daqui mesmo ? Trabalha com oque ? —

— Então, ele é sim e trabalha com transportes. A única coisa que me deixou meio assim, foram as tatuagens dele. Sabe as do, C.R ? Quase todas tem um significado ruim, e as dele também são assim. Mas foi a primeira vez que eu vi todas de uma vez, eu nunca parei pra reparar. Mas ele pode só gostar e pronto —

Da Zona Sul pro Morro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora