Capítulo 32 - Preso no Meu Mundo

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A dor tem seu lado bom.

Por mais que sinta que o mundo acabou dentro de mim, colocar esse sentimento para fora em poemas e letras alivia.

Mas o estranho é que nenhuma delas saí com a tristeza pesada que me envolve como uma bolha. Tudo que saí é o amor que sinto por ela, e que mesmo depois de falar que não me quer, arde no meu peito cada dia mais forte.

As notas saem dos meus dedos tão cheias de amor, que é fácil esquecer os dias ruins.

— Pensando nela de novo? – a voz do Mathew quebra minha concentração fazendo meu peito pular com o susto.

O violão caí no chão enquanto dobro meu corpo sentindo o susto se tornar uma risada contida.

— Não bate, mais? – pergunto jogando meu corpo para trás sentindo os batimentos voltarem ao normal.

— Desde quando você escuta? – estica o corpo pegando uma lata de refrigerante do frigobar, dando um gole grande. — Nem ao menos me ouviu perguntar se tinha visto que o Ji casou.

— O que? – pergunto surpreso.

O vi a alguns dias, se fosse casar teria falado alguma coisa, não teria?

Apesar de que talvez a Nina não me quisesse lá, e nem posso comparar meu relacionamento com o Ji, com a amizade dela com a Belle. A escolha seria lógica.

— Agora ele me escuta! – arqueia a sobrancelha inclinando a cadeira giratória. — Quando perguntei ontem depois que ouvi a fofoca na lanchonete, você fingiu que nem estava aqui.

— Do que está falando? Nem te vi ontem.

Balança a cabeça cruzando os braços e as pernas.

— Meu amigo, você precisa muito sair desse mundinho que criou dentro da sua cabeça. Está perdendo a vida.

— Não começa com isso de novo. Estou apenas concentrado no trabalho.

Arqueia a sobrancelha soltando uma risada grosa.

— Trabalho? Quer mesmo tentar me engar? – não respondo e ele apenas me encara — Tudo bem, se quer falar de trabalho, não viu nada estranho no caminho para cá? Alguns pôsteres nosso?

— Claro que vi! – pego o violão e o deito no sofá. — Omma sempre manda foto quando passa em frente a um.

— E você não notou nada de estranho?

Tento buscar algo de estranhos nas fotos, mas não me vem nada. São exatamente as mesmas fotos que a duas semanas passamos o dia todo fotografando com o Seyoon. Um pouco mais de photshop do que gostaria, mas nada que pudesse causar aquela cara de estranheza do Mathew.

Amores Em Seul - 러브 인 서울 [Livro III]Onde histórias criam vida. Descubra agora