Estou que nem um estatua, colada no sofá olhando seus olhos castanhos cheio de amor, a espera uma resposta.
Engulo seco, sinto minhas mãos ficando geladas e começando a suar, mas mesmo assim meu namorado, não à solta.
— Ji... – sussurro seu nome sem realmente saber o que falar.
Os últimos dias me preparei para esse momento, com um sermão, uma eminente briga e me entupi de razões para ficar brava e argumentos para qualquer coisa que falasse, mas não para isso. Nunca isso.
Depois que sumiu para Jeju, achei que tinha ficado tão bravo pela forma que sai da casa do pai, que não queria falar comigo.
— Antes de responder – fala com todo carinho e amor que alguém pode demonstrar —, quero que saiba que mesmo que diga não, ainda vou estar aqui, te amando do mesmo jeito. E se falar que sim, vamos fazer isso do seu jeito, indo amanhã no cartório, ou daqui a dois anos, ou quinze. Só quero passar o resto da minha vida com você.
Meu peito está tão cheio de amor, que as lágrimas descem pelo meu rosto como cachoeira. Os músculos do meu corpo voltam a responder e deixo meu corpo escorregar pelo sofá, jogo meus braços envolta do pescoço do homem que eu amo, que como todo mundo tem defeitos, mas por algum motivo o amo ainda mais por causa deles.
Que mesmo depois de trata-lo tão mal no começo, nunca desistiu de mim, e do mesmo jeito que eu, me ama com os meus defeitos, e tenho plena consciência de que são muitos.
Cada pedacinho da minha alma sente que tudo que aconteceu, foi para me preparar para esse exato momento, para ele.
— Sim! – falo em meio das lágrimas. — Sim, sim, sim! – o aperto mais forte.
— Sério? – sua voz saí chorosa me abraçando com cuidado.
A tanta surpresa em sua voz que me faz rir. Desfaço o abraço e encaro seus olhos agora vermelhos com lágrimas descendo.
— Sim! – sorri — Você foi tão confiante, achando que falaria não? – limpo seu rosto, mas não adianta muito.
Ji não me responde, por alguns segundos ficamos em silêncio, apenas nos olhando com nossas testa juntas. Ainda com lagrimas descendo pelo seu rosto, ele começa a beijar meu rosto por cima de cada lágrima de alegria que descem, até chegar a meus lábios.
Seus lábios passam devagar sobre os meus, sinto sua língua entrar na minha boca, cuidadosamente trazendo seu corpo para mais perto. Cada movimento que faz é lento, quente. Até quando coloca meu corpo deitado do sofá, é lento sem parar de me beijar, sem parar de tatear meu corpo, já o conhecendo com perfeição.
Tiro sua jaqueta e camisa deixando seu peitoral largo, magro mas definido todo exposto, enquanto ele desabotoa minha camisa deixando meu sutiã de renda a mostra para seus olhos que me encaram com suculência.
Nossos olhos gritam eu te amo, antes de voltar a me beijar e nossas roupas serem jogadas no chão as sala.
— Acho que está faltando algo aqui – levanto a mão olhando para ele debaixo escorada em seu peito. —, o pedido normalmente vem junto com um anel. – sorri enquanto se ajeita me olhando melhor.
— Concordo, mas o pedido meio que saiu espontâneo – fica ligeiramente corado —, minha ideia original não tinha o pedido no final, mas não consegui conter enquanto falava. Mas vou previdência um senhorita Oliveira. – sorri beijando minha mão.
— Não se preocupe com isso. Se preocupe em conhecer meus pais – brinco
— Do jeito que fala, parece que vão me comer vivo. – tenta sorri, mas falha, e procurar em mim algo que o conforte.
— Só um pouco, mas vão te deixar vivo, não vão me deixar sozinha para cuidar do bebê. – coloco a mão na lateral da barriga quase por instinto.
— Isso não tem graça! – morde de leve minha mãos que ainda está sobre a dele.
Dou uma risadinha.
— Pelo menos você ainda tem a chance de causar uma boa primeira impressão, mesmo que seu pai fique satisfeito com o casamento, ele ainda não vai gostar de mim.
— "Uma boa primeira impressão"? Te engravidei, minha primeira impressão já era! – fala dando uma gargalhada que puxa a minha. — Mas meu pai gosta de você sim – dá um beijo no topo da minha cabeça, e eu apenas arqueio a sobrancelha — Tudo bem, não causou um ótima impressão, mas não quer dizer que ele não goste de você, afinal, está carregando o primeiro neto dele.
— Sinto que devia ter um elogio em algum lugar no que falou, mas não consigo achar aonde. – dou um beijinho no seu ombro e escoro meu queixo em cima das minhas duas mãos — Minha família pode não está muito feliz de como as coisas aconteceram, mas não quer dizer que automaticamente te odeiem. Talvez meu irmão, mas tecnicamente ele não ia gostar de você com ou sem bebê. – abro um largo sorriso cheio de dentes.
— Isso é para fazer me sentir melhor?
— Em algum lugar do que falei, sim – dou uma risada enquanto me aperta mais contra seu corpo.
— Isso é clichê, mas sou o homem mais feliz do mundo agora. – sua mão toca minha barriga — Nós três, é estranho, porque nunca pensei muito nesse momento da minha vida, mas ao mesmo tempo, é tudo que sempre quis.
Apoio uma das minhas mãos sobre seu rosto que brilha com um sorriso lindo.
— Eu amo você, Ji!
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Amores Em Seul - 러브 인 서울 [Livro III]
Chick-Lit[PLÁGIO É CRIME] E o coração, hein? - Line: "completamente derretido e apaixonado." - Belle: "repleto de um amor incondicional e uma tristeza pesada." - Nina: "quebrado, destruído.... vazio." - Van: "pesado, repleto de preocupação." O jogo acabou...