Capítulo 51 - Distração

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A carga de raiva disparada pelo meu corpo, lentamente vai se dissipando enquanto o som chato do elevador vai mostrando os andares

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A carga de raiva disparada pelo meu corpo, lentamente vai se dissipando enquanto o som chato do elevador vai mostrando os andares.

Ao meu lado, Line tenta controlar a respiração e segurar o choro.

Parte de mim quer conforta-la, mas não consigo. Se abrir minha boca agora, vou acabar me arrependendo do que sair dela. Então o silêncio pesado entre nós duas durou até saímos do prédio a tempo de ver Nina e Cheol entrando em um taxi.

Merda. Não sei se é bom esse dois tentarem conversar agora, mas minha cabeça está zonza demais para formular qualquer coisa para para-los.

— Acha que é uma boa ideia eles saírem juntos? — Line verbaliza minha preocupação.

— Não sei — Minha voz saí baixa e contida — Mas os dois são bem grandinhos.

— É.

Vou até a beirada da rua procurando por um taxi para mim.

— Van... me desculpa...

— Line, você não tem nada com o que se desculpar.

— Tenho sim, você tem razão, devíamos ter ido atrás dela.

Viro meu corpo olhando para minha amiga com o rosto vermelho, que se esforça ao máximo para não deixar as lágrimas descerem.

— Nina é uma mulher adulta, fez as próprias escolhas, não acho que nenhuma de nós poderia ter impedido o que aconteceu. Mas se é assim que se sente, não é para mim que tem que pedir desculpas. Apesar de ter certeza de que ela vai te falar a mesma coisa.

Olho de novo para os lados, droga, nunca tem a droga de um taxi quando a gente realmente precisa.

— É muito irritante ela ter escondido isso. — Falou de repente — Ela e essa mania de não contar o que está acontecendo, esperar que a gente adivinhe ou que pegue alguma das mínimas dicas que deixa. Seria mais fácil se simplesmente pedisse ajuda.

Seu tom não era de reprovação, ou magoa, é apenas a constatação obvia de anos de amizade. Uma das falhas irritantes da nossa amiga, mas que nunca deixaria que deixássemos de ama-la.

Pelo menos nos duas.

— Extremamente irritante. — Concordo — Mas não tem como culpa-la. A gente não escolhe o mecanismo de defesa da nossa cabeça.

— É — concorda escorando meia parede onde tem um pequeno jardim na entrada do prédio. — Apesar da loucura lá de cima, e dá quantidade de informação em pouco tempo, quando olhei para os olhos da Nina, ela está diferente. Tinha um brilho nos olhos dela que a muito tempo não via.

Uma lembrança recente do brilho passa na minha mente quando cheguei em casa e ela estava terminando um lindo vestido preto de seda.

— Ela melhorou muito depois que voltou com a terapia e os remédios. Mas acho que o que trouxe ela de volta mesmo foi as roupas. Nina se perde entre as páginas brancas, lápis de cores, tecidos e a máquina.

Amores Em Seul - 러브 인 서울 [Livro III]Onde histórias criam vida. Descubra agora