Capítulo 26 - Me Lembrar Da Luz

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Cuidado nunca é demais, falo para mim mesma enfiando alguns dos fio negros dentro do boné, e apenas ligeiramente mais prático do que ter que arrumar

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Cuidado nunca é demais, falo para mim mesma enfiando alguns dos fio negros dentro do boné, e apenas ligeiramente mais prático do que ter que arrumar.

"Para de sair de casa como uma mendiga. Se arrume para você"

Tem hora que é muito, mais muito inconveniente ter uma psiquiatra vivendo na sua cabeça. Não posso nem ao menos desleixar um pouco, que já fico: "nossa como vou contar isso para ela? Com certeza vai saber se eu mentir."

Tiro o boné, o moletom preto e pego uma camisa branca, calça, separo aquele par de botas verde esmeralda que não uso a séculos e repenso. Tudo bem que tenho que me arrumar, mas não preciso, e nem posso ficar chamando atenção assim.

Já está quase na hora de encontrar com a corretora e a Van, e nem passei um reboco no rosto.

Procuro minha maquiagem, e merda, quando foi que deixei elas caírem?

Não se foi o jeito, ou a velocidade com que abaixei, mas sinto algo arder muito e logo em seguida um liquido quente escorrer pela minha barriga.

Merda!

Sangue mancha a camisa branca depois que um dos pontos cedem. Pelo menos não é muito.

Com o primeiro pano que vejo cubro o machucado e mando uma mensagem para Van, falando que vou me atrasar um pouco, enquanto desço para procurar o kit de primeiros socorros, que a Belle escondeu em algum lugar.

Depois de alguns minutos, acho o kit no fundo do armário do lado da lavanderia. Porque ela colocou lá? Só Deus sabe essa resposta.

Escoro na mesa da sala mesmo e levanto parte da blusa terminado de limpar o sangue, quando escuto o som da senha na porta.

Aposto que a é a Van.

Me preparo para o pequeno discurso de que não foi nada, quando olho para porta, e sinto meu espirito sair do corpo.

Depois de ver o deslumbre do que parece ser o Ji, meus olhos fixam nele e nada mais existe.

Meus lábios se mechem, mas não escuto o que sai, se é que alguma coisa saiu deles. Meu peito quebrado grita desesperando com seus olhos em mim, que não tem nada além de surpresa e amor.

Antes que consiga me mover, seu rosto fica mais próximo de mim e o que parece um sonho, seus lábios tocando os meus.

Choque. Saudades. Familiaridade. Amor. Dor.

Tudo se mistura em meu peito enquanto sinto seu toque na minha cintura e entrelaço meus dedos em seus cabelos lisos.

Por alguns segundos me permito esquecer tudo, deixar que exista apenas eu, ele e nosso amor.

Cada risada, cada "eu te amo", dito apenas com os olhos, cada toque, cada momento que me mostrou o que é amor, passa em minha mente, como um lindo e dolorido filme.

Amores Em Seul - 러브 인 서울 [Livro III]Onde histórias criam vida. Descubra agora