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Jughead acordou o senhor Andrews e fomos até o quarto de Archie.
Entramos devagar, sem fazer muito barulho, Archie estava deitado com um curativo na cabeça.

— Oi pessoal... — Archie disse em tom baixo, tentando se ajeitar na cama.

— Oi filho, como você está? — Sr. Andrews perguntou passando a mão levemente no rosto pálido de Archie.

— Particularmente bem... Só com um pouco de dor de cabeça. — Archie disse apertando os olhos.

— Talvez seja pelo fato de terem aberto sua cabeça. — Jughead disse enquanto se aproximava de Archie para lhe dar um abraço.

— Engraçadinho. — Archie riu.

Me aproximei devagar, Archie me puxou para perto e me deu um abraço.

— Eu tive tanto medo de te perder. — Sussurrei no ouvido de Archie enquanto meus olhos enchiam de lágrimas.

— Eu nunca deixaria seus filhos sem um padrinho. — Ele sussurrou de volta, me fazendo sorrir. — E a Verônica? Ainda está em Nova York?

— Sim... ela disse que estaria aqui quando amanhecesse. — Respondi

— Jughead, Betty... acho melhor irem para casa agora. Archie precisa descansar. — Disse Sr. Andrews enquanto se sentava. — Jughead, se importa de ficar sozinho em casa?

— Hoje é dia da Betty dormir lá em casa, pai... — Archie falou.

Minha mãe é médica, e tem plantão toda quinta-feira. E eu sempre durmo na casa do Archie porque odeio ficar sozinha em casa.
Mas o Archie é meu melhor amigo, e como ele não estaria em casa, seria super estranho se eu tivesse que ficar sozinha lá com o primo dele.

— Não, tudo bem Archie. Não me importo de dormir sozinha uma noite. — Falei.

— Claro que se importa! Você detesta ficar sozinha em casa. Dorme no meu quarto, Jughead pode te levar pra escola enquanto eu fico no hospital. — Archie insistiu.

— Claro, por mim sem problemas. — Jughead disse.

— Bom, então ok. Já vamos indo Sr. Andrews... Melhoras Archie. — Falei enquanto Jughead e eu saíamos do quarto.

Saímos do hospital e fomos para o carro.
Jughead deu a partida.

— O que acha de irmos no Pop's? — Jughead sugeriu.

— Mas já são onze e meia da noite. — Falei.

— É uma lanchonete 24 horas não é? — Ele sorriu.

— É... Acho que podemos ir mesmo, estou morta de fome! — Sorri de volta.

Chegamos lá e sentamos em uma das mesas do fundo.
Pop Tate veio nos receber com um sincero sorriso no rosto.

     — Boa noite, Crianças. O que traz vocês aqui a essa hora?

    — É que eu não consegui parar de pensar no seu hambúrguer à tarde toda. — Jughead disse.

    — Entendi... — Pop riu. — Então é um hambúrguer e... um milkshake de morango, certo, Betty?

    — Certinho Pop! Obrigada. — Falei.

    — Não vai demorar muito. — Pop disse e logo em seguida foi para a cozinha.
 
Estávamos em silêncio, apenas ao baixo som ambiente da lanchonete. Jughead tentou puxar assunto.

    — Desde quando conhece meu primo?

    — Desde de os sete anos... — Falei. — Ele é como um irmão pra mim.

    — Que fofo. — Ele debochou.

Eu sorri sem graça.

    — O que está achando de Riverdale? — Perguntei.

    — É uma bela cidade. As pessoas são legais. — Ele respondeu.

    — Era legal no Canadá? — Falei

    — Era frio, isso sim... — Ele deu risada.

    — Imagino... — Ri de volta.

Pop Tate se aproximou da mesa com nossos pedidos. Agradecemos.
Enquanto bebia meu milkshake, comecei a reparar nos detalhes de Jughead. Não é que o garoto é bonitinho? Quando ele chegou, as meninas ficaram loucas nele. Ainda estão.

Mas eu não consigo ver toda essa beleza nele. Eu disse que ele era bonitinho, não gatissimo.
Percebi que estava praticamente encarando ele e desviei o olhar antes que ele percebesse.

Ele parece ser um cara fofo. Acho que não se encaixa em um Fuckboy... Apesar da forma de se vestir ser igual... Mas, não... Acho que ele não é um Fuckboy.

E você deve estar se perguntando "que merda é essa de Fuckboy?". Bem, Fuckboy é aquele típico garoto não necessariamente popular, que a maioria das garotas babam. O famoso Bad Boy de jaqueta de couro que anda por aí fazendo o que quer e pegando todas. O cara que não liga pra nada, sabe?

Terminamos de comer e fomos pra casa, já se passava de meia noite quando chegamos.
Entramos na casa de Archie e Jughead se jogou no sofá.

    — Fique a vontade, a casa é nossa essa noite. — Ele disse.

Ok, isso soou um pouco estranho. — Pensei comigo mesma.

    — Bem, eu vou tomar meu banho no banheiro do Archie e me deitar... Boa noite. — Falei dando um sorriso.

    — Ah, claro. — Ele se levantou. — Vou tomar meu banho e ir dormir também. Boa noite. — Ele sorriu de um jeitinho carinhoso.

Subi as escadas e fui para o quarto de Archie. Tranquei a porta e me joguei na cama. Estava frio. Mas eu tinha que tomar banho. Fiz um coque para não molhar o cabelo e entrei no chuveiro.

Enquanto tomava banho, escutei batidas na porta do quarto. Desliguei o chuveiro.

    — Já estou indo, um momento. — Falei.

Me enrolei na toalha e sai do banheiro. Abri a porta, Jughead me olhou de cima a baixo.

    — Sim? — Falei.

Aquelas palavras pareceram "acordar" ele. Jughead balançou a cabeça de um lado pro outro tentando esconder que estava distraído.

    — Eh... Eu só... Queria pegar o carregador do meu notebook que eu deixei aí... — Ele falou um pouco sem graça.

    — Ah claro, eu pego. — Falei enquanto ia até a escrivaninha onde estava o carregador.— Toma, aqui está.

    — Eh.... Valeu. — Ele falou enquanto piscava os olhos sequencialmente.

Sorri. Ele deu um sorriso sem graça de volta.

    — Bem, boa noite então. — Ele disse dando uns passos para trás.

    — Boa noite. — Falei, e logo em seguida fechei a porta.

Estranho, mas ok. — Pensei.

Vesti meu pijama que ficava na gaveta de roupas minha e da Vee e deitei na cama. Sim, eu e Verônica temos uma gaveta de roupas na casa de Archie.

Depois que Jack se foi, nunca mais consegui dormir com facilidade. Ficava pensando nele todas as noites. Ficava me recordando do calor de seus abraços, e da maciez de seus lábios. Ah, se ele soubesse o quanto sinto falta dele...

Depois de um longo tempo tentando dormir, escuto a porta da casa se abrir, já que ela fazia um barulho enorme. Ela range muito!

Logo em seguida, escutei risadas entre cochichos.
Abri a porta do quarto sem fazer nenhum ruído, já estou acostumada a não fazer barulho para sair escondido.

Fui até a escada e consegui ver a luminosidade de uma das luzes do andar de baixo. Desci os degraus bem devagar, tentando não fazer barulho.

Foi aí que eu vi... Que filho da puta!

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O que vcs acham que vai acontecer??? Kkkkkkkk
Espero que tenham gostado desse capítulo.

Deixe-me irOnde histórias criam vida. Descubra agora