016

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Sai da minha última aula e Jughead já estava me esperando na porta da sala.

Ele me entregou uma sacola que devia ter uns oito sabores diferentes de barra de chocolate.

O que é isso? — Perguntei.

Chocolate.

Isso eu sei, mas pra que você tá me dando tudo isso? — Esclareci.

Ah, uma vez você me disse que seu doce favorito era chocolate. — Ele falou.

Então, você matou aula, saiu da escola, só para comprar chocolates pra mim? — Falei.

Sim. Podemos ir agora? O Uber já deve estar chegando. — Ele mudou de assunto.

Claro... — Falei guardando os chocolates na mochila.

Fomos até a porta da escola e entramos no Uber.

[...]

Chegamos no Pop's e fizemos nosso pedido. Nos sentamos na última mesa do fundo do restaurante.

E então? — Falei depois de um tempo.

E então o que? — Ele perguntou.

Sobre o que você disse na aula...

Ah... isso? O que quer saber? — Ele disse.

Como assim? Ué, Jughead... primeiro você me diz que não podia se apaixonar, depois transa comigo, e logo em seguida diz que esta apaixonado por mim?

É. — Ele falou indiferente.

"É"? Só isso? — Perguntei.

Olha, Betty... você é perfeita! É o sonho de todo garoto. Eu nem sei o que você viu em mim pra transar comigo.

Eu não transo com ninguém por conta das qualidades. É só transar, Jughead... não é uma coisa importante.

Bom, eu não saio transando com qualquer uma! — Ele disse.

Claro que não... — Debochei.

Pop Tate veio nos entregar nosso pedido, dois milkshakes.

É sério! — Ele disse. — E você acha mesmo que se eu tivesse como escolher, eu me apaixonaria por você?

O que quer dizer com isso? — Falei.

Quero dizer que você é grossa, o tempo todo. — Falou e deu um gole em seu milkshake.

Você literalmente acabou de dizer que eu sou "perfeita", e agora diz que sou sempre grossa. Olha, existem certos tipos específicos de médicos que tratam a bipolaridade, sabia? — Falei e também dei um gole em meu milkshake.

Nossa conversa foi interrompida pelo toque do celular de Jughead.

Alô? — Ele deu uma pausa. — Mentira, sério? Como conseguiu? — Falou animado. — Está bem, vou ver hoje mesmo!

Quem era?

Sweet Pea. — Ele falou guardando o telefone.

O que? Como assim? Você sabe que ele faz parte de uma gangue de drogados, não é? — Falei.

Obrigado pelo elogio. Os serpentes não são drogados.

Espera, então é verdade que você faz parte dos serpentes? — Perguntei.

Deixe-me irOnde histórias criam vida. Descubra agora