Deixe-me ir

026

    — Jughead preciso te contar uma coisa. — Falei tremendo.

    — Pode falar. — Ele disse.

Meu deus, eu estava apavorada. Eu iria ter um bebê aos 17 anos de idade com um garoto que eu acabei de descobrir que amo. Não era isso que eu queria para a minha vida!

A minha mãe iria ficar muito decepcionada comigo.

E se Jughead resolvesse não assumir e voltasse pro Canadá? O que eu iria fazer? E se ele falasse para eu abortar? Eu não iria fazer isso! Afinal, a responsabilidade é nossa!

    — Betty? — Jughead falou me tirando dos meus pensamentos.

    — Oi? — Falei.

    — O que queria me contar? — Ele disse.

    — Ah, nada não... Acabei esquecendo. — Falei.

    — Bom, então tá. Se precisar de qualquer coisa, ou se passar mal de novo me fala. Tá bem? — Ele falou se levantando, me levantei também.

Acompanhei ele até a porta, ele me deu um beijo no topo da cabeça, e se virou para ir embora.

— Juggie... — Chamei ele é ele se virou para mim.

Fui até ele e lhe dei um beijo, explorando cada canto de sua boca.

— Tava com saudade disso. — Ele sussurrou e dei um sorrisinho.

— Até amanhã. — Falei entrando dentro de casa.

— Até amanhã. — Ele falou de volta.

[...]

— Como assim você não falou pra ele? — Verônica me repreendeu.

— Eu não tive coragem! — Rebati.

— Não é questão de coragem, Elizabeth! É questão que dentro da sua barriga, tá a porra de um filho dele! Entende isso? Você vai ter que contar!

— Eu sei, Vee. — Falei.

— Então por que não contou pra ele? — Rebateu a morena.

— Eu vou contar amanhã, depois do jogo de futebol. — Falei.

— Eu espero! Porque se não eu mesma vou contar!

[...]

Decidi que dormiria na casa de Verônica, ela estava uma fera comigo por não ter contado. Mas, se coloquem na minha situação, como é que vou fazer isso?

Acordei cinco e meia da manhã muito enjoada e fui para o banheiro vomitar. Verônica levantou e abriu a porta.

    — De novo? Meu deus, o que tá acontecendo com esse mini Jughead? — Ela falou tentando descontrair.

Olhei severamente para ela.

    — Vou pegar um remédio de enjoo para você. — Ela falou saindo do banheiro.

Dei descarga e escovei os dentes com a minha escova que ficava no banheiro de Verônica.

A morena chegou com um comprimido e me deu.

— Isso vai fazer o enjoo passar. — Ela falava.

— Obrigada. — Murmurei ainda com um pouco de enjoo.

[...]

Verônica e eu decidimos não falar sobre isso até eu contar para Jughead. Somente para contar a JJ, claro.