Capítulo 10: O Colar Roubado

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The world isn't always a kind place.
(O mundo não é sempre um lugar gentil)

Tínhamos acabado de voltar do almoço que fora tão desastroso como o jantar da noite anterior.

Minha cabeça doía pela noite mal dormida e pela tensão de todos que inundava o ambiente, fui até o banheiro para pegar um comprimido para dor de cabeça no armário embaixo da pia.

Engoli o remédio com água da torneira mesmo, não queria sair do quarto até a hora do jantar, nem que fosse apenas para buscar um copo de água, estava exausta.

Levantei a cabeça me olhando no espelho. Reparei no meu pescoço. Meu colar tinha sumido! A chave para entrar na escola! Desaparecida!

Me virei subitamente e perguntei com a voz desesperada:
- Alexia, meu colar! Você viu?

- Não fui eu! Eu juro!

- Eu sei que não! Mas foi alguém!

Repassei mentalmente todos os contatos que tive com as pessoas aquele dia...

Poly havia me puxado para o canto da sala para me ameaçar, ela gesticulou muito rápido, acho que estava nervosa, então não entendi muito bem, alguma coisa sobre saber onde meus pais moravam e estar de olho em mim, não levei a sério, conhecia Poly, ela era uma garota doce, nunca faria mal aos meus pais. Provavelmente sabotaria todos assim, apenas com ameaças. Não foi ela.

Caleb havia me pedido desculpas pela noite anterior, ainda estava irritado, não pareciam desculpas sinceras. Ele nem tocou em mim. Não foi ele.

Romeu me cumprimentou com um abraço. Ele era afetuoso, sempre fazia isso. Apesar que foi bem forçado, o clima estava muito estranho. E pensando bem foi um abraço mais longo que o normal, e eu não vi ele abraçar mais ninguém além de mim.

Só podia ter sido ele. Foi o único com oportunidades para tirar meu colar sem que eu percebesse.

Bati na porta que dava para o quarto que Romeu e Rony dividiam, apesar de inúmeras salas, a escola tinha poucos quartos, então quase todos nós dividíamos nosso quarto com outra pessoa

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Bati na porta que dava para o quarto que Romeu e Rony dividiam, apesar de inúmeras salas, a escola tinha poucos quartos, então quase todos nós dividíamos nosso quarto com outra pessoa.

O próprio Romeu atendeu e sua expressão adquiriu um certo medo quando me viu, denunciando-o.

Apenas estendi minha mão.

- Acredito que você esteja com algo que me pertence.

Ele afirmou com a cabeça, as rugas em seu rosto ainda mais evidenciadas. Entrou no quarto e pegou o colar que estava embaixo de seu travesseiro na cama de baixo da beliche.

- Me desculpe! - ele disse me entregando.

Nós não éramos tão próximos mas sua expressão triste cortou meu coração e me senti na obrigação de descontrair o clima.

Uma flecha no coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora