Capítulo 27: Novas Paixões

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You still makes me nervous when you walk in the room.
(Você ainda me deixa ansioso quando entra)

Estava sentada nas cadeiras azuis almofadadas ao lado da diretoria esperando o diretor me chamar para cancelar minha matrícula quando escutei meu nome.

- Ágata Williams é você, não é?

Era uma garota de cabelos presos e com sardas espalhadas por todo o rosto.

- Sim...

Ela me estendeu o celular. Estava congelado em uma tela vermelha com letras grandes brancas dizendo:

"Tragam Ágata Williams à entrada."

Olhei surpresa para a garota.

- Quem te mandou isso?

Ela deu de ombros.

- Ninguém. Simplesmente apareceu isso nos nossos celulares e não conseguimos sair desta tela.

- Nossos?

- Todos os alunos receberam.

Olhei para o corredor. Centenas de alunos haviam se aglomerado curiosos e cochichavam apontando na minha direção.

Eu estava com um misto de vergonha e medo. Quem será que tinha feito isso? O que queriam comigo?

Acompanhei a garota e aquele bando de curiosos até a entrada da escola tremendo de medo.

Mas não tinha nada nem ninguém me esperando lá. Engoli em seco com medo.

- E agora? - um dos curiosos perguntou.

- Vejam! A mensagem mudou! - alguém lá no fundo gritou e automaticamente todos olharam para o celular.

- Mandem-na ir até a esquina do lado direito. Sozinha... - alguém falou.

Ai, meu Deus, eu vou ser sequestrada! Será que eram os magnus? Será que eles descobriram que me apaixonei por minha íncari? Será que Patrícia me entregou? O que eles vão fazer comigo? Será que vão me matar?

- Não podemos deixá-la ir sozinha! E se fizerem algum mal a ela? - a garota com sardas disse.

Finalmente alguém sensato!

- A mensagem diz sozinha, então ela vai sozinha! Vai saber o que eles podem fazer com quem for junto! Melhor se só ela se machucar!

Era o babaca do Tony. Mas ele tinha razão... Não podia deixar ninguém se machucar por minha causa....

- Eu vou sozinha! Vai ficar tudo bem...

Ai, como eu queria acreditar nessas palavras...

E assim, deixei centenas de pessoas curiosas para trás e me dirigi até a esquina, longe do olhar de todos.

Olhei ao redor. Tirando um carro preto estacionado ali perto, a rua estava vazia. Não parecia o cenário de um crime...

Eu estava errada.

Senti um saco de pano cobrir meu rosto me impedindo de ver qualquer coisa e uma mão, definitivamente masculina, cobria minha boca por cima do pano, me impedindo de gritar.

Fui arrastada alguns metros pelo homem e ouvi o barulho de um carro se abrindo e fui jogada no banco de passageiro.

Escutei a porta do motorista bater e quando ouvi o ronco do motor, arranquei o saco de minha cabeça e vi...

- David??? Você está louco??? Que porra é essa???

Eu era capaz de matá-lo naquela hora de tanta raiva que eu sentia!

Uma flecha no coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora