Capítulo 17: A Prova

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What's left if I give you my all?
(O que sobra se eu te der tudo?)

Era o dia da minha prova! Sim, prova! Patrícia havia organizado uma prova inteira e eu só continuaria na escola se não falhasse nela...

Eu sempre fiquei muito ansiosa em dias de prova, mas hoje... Bem, digamos que eu estava sentindo muita falta da prova em papel...

A prova aconteceria como uma espécie de circuito, obstáculos seriam colocados na maior das salas e eu teria que voar perfeitamente me esquivando deles, ao mesmo tempo que atirasse em quatro alvos móveis, cada um deles eu deveria depositar uma magia diferente...

Ela convidou oito cupidos já formados, metade serviriam de juízes da banca que avaliaria se eu merecia alguma chance ou se apagariam minha memória e me mandariam de volta para casa, enquanto a outra metade participaria da prova, eles seriam os "alvos móveis" que eu precisava atingir e também lançariam flechas contra mim, servindo de obstáculos...

- Ela não pode fazer isso! Nenhum de nós consegue fazer essa prova insana! Que chances você têm contra quatro profissionais???

- Vai dar tudo certo, Ben!

- É errado! Ela está trapaceando! Ágata, por favor, você não pode aceitar isso! Você não pode ir embora!

Agarrei seu rosto em minhas mãos e olhei no fundo dos seus olhos.

- Ei, eu não vou embora! Eu vou conseguir!

- Mas...

Coloquei o dedo em sua boca para que ele se calasse.

Olhei para todos que estavam ao meu redor, Patrícia havia deixado eles assistirem à prova e todos torciam por mim. Um a um foram se aproximando de mim para me abraçar e me desejar boa sorte.

Olhei para Ben que ainda estava irritado mas aliviou um pouco a expressão.

- Acho bom mesmo você conseguir! Não vou me responsabilizar pelas minhas ações se você for expulsa!

Eu ri e o puxei para um abraço e ele sussurrou no meu ouvido:
- Boa sorte!

- Estou pronta! - disse com mais confiança do que eu realmente estava sentindo

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- Estou pronta! - disse com mais confiança do que eu realmente estava sentindo.

Patrícia estava sentada de frente para uma mesa no canto da sala com diversos papéis e canetas para anotações e um cronômetro.

Do seu lado havia uma mulher de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e olhos verdes, um rapaz asiático com cabelos um pouco bagunçados, um homem baixo de cabelos com coloração mista entre o ruivo e o grisalho e um homem negro de barba espessa.

De pé, todos com trajes pretos que lembravam aqueles macacões de lycra usados por super-heróis, estavam um homem calvo e com feições ranzinzas, um garoto musculoso que aparentava ter minha idade, uma mulher jovem de cabelos negros e um rapaz moreno de sobrancelhas arqueadas.

Uma flecha no coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora