No sacrifice, no victory.
(Sem sacrifício, sem vitória)- Não! Não vai rolar!
Eram duas horas da manhã quando Luna apareceu no meu quarto.
- Você não deveria estar dormindo esse horário?
Ela ficou irritada.
- Então quer dizer que só porque eu sou criança eu tenho que dormir cedo?
- Sim...?
- Não! E eu já sou quase pré-adolescente aliás...
Mas agora eu me arrependida amargamente de tê-la irritado...
- Vai, nem é tão alto assim! Quem é a criancinha agora?
Estávamos no telhado da escola (lembrando que a escola tinha três andares) e Luna queria que eu simplesmente me jogasse de lá!
- Eu vou morrer!
Eu estava apavorada mas sua cara era de desdém, como se ela estivesse pedindo para eu fazer algo tão simples como andar de bicicleta.
- Você não vai morrer! - ela disse revirando os olhos - Você precisa desse impulso! Suas asas estão escondidas aí dentro, elas só precisam de uma forcinha para aparecerem!
- Qual é, Luna! Você é inteligente demais para acreditar nisso!
Ela entendeu os braços em sinal de indiferença.
- É nossa última opção...
- É, se eu morrer vai ser mesmo!
- Você não vai morrer! Estamos a nove metros do chão mais ou menos, as chances de morte são baixas, talvez só umas fraturas expostas nos membros, algumas costelas quebradas, talvez paralisia,...
- Você sabe que não está ajudando, né?
Ela mudou o tom na hora.
- Você consegue! Patrícia quis deixar mais seguro, por isso pediu para apenas imaginarmos a sensação, mas você sentir na pele a sensação de voar, com certeza vai ativar suas asas!
- É, a diferença é que Patrícia quase me matou, você vai conseguir!
- Pula logo!
Ela já estava ficando impaciente então resolvi cessar os protestos.
Me aproximei da borda e olhei para o chão.
Não! Não vou fazer isso! Muito alto!
Recuei.
- E se você for correndo?
Dei alguns passos para trás e comecei a correr, cheguei na borda e...
Parei.
- Eu não vou conseguir!
- Já sei. Eu tive uma ideia. - ela disse tirando sua blusa e a amarrando nos meus olhos.
- Eu não acho que...
- Shiu! Só anda!
Andei devagar com passos cautelosos. Colocava os pés com delicadeza no chão para me certificar de que realmente havia um chão para pisar!
Até que eu pisei em falso. O chão tinha acabado. Me desequilibrei e senti a queda por baixo dos meus pés.
Tudo durou em torna de dois segundos mas pareceu uma eternidade com a quantidade de pensamentos que eu consegui ter em um período tão curto de tempo.
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Uma flecha no coração
Teen FictionÁgata sempre foi uma romântica nata, mas ninguém nunca correspondeu a esse sentimento. Desiludida, ela entra em uma escola para cupidos e se torna rapidamente a melhor de sua turma. Mas cupidos também se apaixonam... E tudo muda quando ela se apaixo...