Jamie Dornan
Hoje chegou o tão esperado dia.
Eu me casaria com a mulher da minha vida.
Tinham passados apenas 4 meses desde que a pedi em casamento. Minha sogra, juntamente com minha filha e mais algumas pessoas, ajudaram a preparar tudo.
Dakota está quase com 8 meses, os meus meninos podem nascer a qualquer momento, por isso é que nem vamos ter lua-de-mel. Queremos curtir o final da sua gravidez, em casa.
Não teremos noite de núpcias também, pois Dakota foi proibida de exercer qualquer atividade física com 6 meses de gestação, pois teve início de um aborto.
O trabalho no hotel está pesado e Dakota não descansava. Houve uma pequena reforma num dos hotéis e ela andava sempre a correr, de um hotel para outro, para ver se eatava tudo em ordem.
Ela, sendo uma boa arquiteta, queria estar em cima do acontecimento, mas isso fez com que a vida de um dos nossos filhos quase desaparecer.
Ela esteve de repouso até à uns dias. Dulce falou todas as recomendações que ela teria que ter, durante o nosso casamento.
Nada de ficar muito tempo em pé. Nada de sexo, nessa noite e nas próximas, até ela completar o mes e meio depois de dar à luz. Nada de... blá blá blá.
Eu ouvi tudo com a atenção, mas claro, minha cabeça estava na lua, pois foi nessa "consulta" que descobrimos que estávamos a espera de dois meninos.
Nell ficou contente, mas triste ao mesmo tempo. Ela já não é aquela menina alegre. Anda a se fechar muito no quarto. Quase não sorri.
Só espero que seja uma fase, pois não vou suportar ver ela daquele estado, outra vez.
Dakota também já reparou e até já marcou uma consulta com Joana, para Nell desabafar. Joana disse, ao telefone, que podiam ser ciúmes.
Como Dak entrou nos últimos meses de gestação, que Nell abriu os olhos de que deixará de ser filha única e que terá que partilhar os pais.
Já pedi a Deus que não me leve, novamente a minha filha, para aquele buraco onde ela esteve. Eu gosto de a ver sorrir.
Melhor, gosto de as ver sorrir, assim como vou gostar de ver meus filhos sorrirem.
Meus meninos.
Ainda nem estou em mim que serei pai de dois garotos.
Com eles tudo vai ser diferente. Eu quero participar em tudo que não participei quando era Nell. Não quero que ela fique chateada, apenas eu era um babaca antigamente.
- Está pronto? - saio dos meus pensamentos, com a voz do meu sogro, atrás de mim, entrando pelo meu quarto adentro.
Minha sogra roubaram a minha mulher ontem à noite, dizendo que o noivo não podia ver a noiva no dia do casamento e que teriam um dia de mulheres.
Eu as relembrei que ela está grávida, quase a parir, mas elas não são assim tão burras, penso eu.
- Sim, estou. - respiro fundo, olhando para o espelho presente e ajeitando a gravata, que está mais que direita.
- Sabe, filho. - meu sogro começa a dizer. - Quando você apareceu lá em casa, com Dakota, dizendo que vocês teriam um filho, eu quis te matar. Então, quando você começou a ser um tremendo idiota, depois que Nell nasceu, aí sim, eu quis te matar mesmo. - ele me olha sorrindo. - Mas agora, vejo que você mudou. Se tornou um homem diferente. Está me fazendo mais feliz do que aquilo que já era, me presenteando com dois netinhos. Caralho, logo dois de uma vez! - eu rio. - Eu só quero que vocês sejam felizes. Peço que cuide delas como se fosse você mesmo.
Eu não me contenho, e o abraço.
Ele é como um pai para mim.
Por falar em pai. Convidei meus pais, mesmo não querendo, eu achei que era o mais correto. Doeu em mim, depois de 12 anos, sem falar com eles, ouvir um 'Alô. Quem fala?'.
Mas fiquei feliz por ouvir a voz da minha mãe. Ela sempre me tratou de maneira diferente, mas eu nunca a deixei de amar.
Mãe é mãe e nada ocupa o seu lugar, por muito mal que ela nos tenha feito.
Flashback on
- Oi mãe, sou eu, o Jamie.
Ela demora a responder do outro lado.
- Ah. Oi Jamie.
Ela não cospe o meu nome, como fazia antes. Sua voz não mudou.
- Eu liguei para convidar você e meu pai, para o meu casamento.
- Casamento?! - ela parecia surpresa. - Você vai se casar? Com quem?
Eu respiro fundo.
- Com Dakota.
- Ok. Eu dou uma resposta amanhã.
Queria lhe dizer que ela seria avó de dois meninos, mas não me vou dar ao luxo disso.
Eu sei que eles não virão ao casamento.
- Ok. Até, então.
Flashback off
Depois dessa pequena conversa, apenas recebi uma mensagem a dizer que eles não vinham.
Eu ainda gostava de entender o porquê de eles me tratarem assim, mas eu quero aproveitar primeiro a minha vida de casado e depois os procurar, por muito que me vá doer.
- Eu vou as fazer muito feliz. O meu lema é esse. - ele sorri e dá dois tapas, leves, nas minhas costas.
- Agora temos que ir. Eu vou levar você e depois sigo caminho para encontrar as nossas mulheres.
- Como Dak está? - pergunto, saindo do quarto.
- Nervosa. Acredito que você também.
- Um pouco. Eu sei que ela não irá fugir de mim.
- Muito pouco convencido, você. - diz, gargalhando.
- Apenas realista, meu caro sogro.
Entramos dentro do carro e seguimos o caminho até à igreja. Não teremos muito convidados. Apenas alguns dos funcionários dos hotéis e uns conhecidos dos meus sogros.
Como Madrinha de casamento, teremos Andréa. Como padrinho tínhamos Taylor, o chefe da segurança dos hotéis.
Cumprimento algumas pessoas, enquanto caminho até ao altar. Os nervos que antes sentia ligeiramente, agora estão a ficar mais fortes, posso assim dizer.
Minha filha disse que ia ter uma surpresa para mim, quase no final da cerimônia. Isso faz com que os meus nervos fiquem ainda pior, pois não sei o que esperar dessa surpresa.
Mas, seja o que for, desde que a meta com um sorriso na cara, eu não me importo.
Não sei quanto tempo passou, só sei que comecei a transpirar por tudo que é canto. Tive que alargar a gravata, fazendo os convidados rirem.
- Está na hora. - Taylor anuncia, quando os primeiros acordes da marcha nupcial começam a soar pela igreja.
Coloco a gravata no sítio e limpos as minhas mãos molhadas às calças do terno cinza.
- Tenha calma, que tudo vai correr bem. - Taylor diz, perto de mim.
Então, as portas de trás de abrem e eu fixo meus olhos dos dela e o mundo ao nosso redor desaparece. Ela está linda, ainda mais linda do que antes.
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Do Ódio ao Amor (CONCLUÍDA)
Fiksi PenggemarJamie e Dakota, ambos de 28 anos, com uma filha de 10 anos, Nell. Eles amam-se, mas nao admitem. Todos os dias têm discussões, o que não é nada saudavel para a pequena. Nell, ouve as discussões. Todos os dias chora por os seus pais não serem amoros...