Jamie e Dakota, ambos de 28 anos, com uma filha de 10 anos, Nell.
Eles amam-se, mas nao admitem. Todos os dias têm discussões, o que não é nada saudavel para a pequena.
Nell, ouve as discussões. Todos os dias chora por os seus pais não serem amoros...
Vir ao shopping com os meus pais é ainda melhor do que vir com vovô. Por falar nele, já não o vejo há algum tempo.
- Mamãe, quando vamos ter com o avô?
Coloco mais uma batata na boca. Mamãe sorri e limpa a minha boca, que devia de estar suja com o ketchup.
- Vamos no próximo fim de semana, tudo bem? Ele tem estado a viajar.
- Eu sei, ele me disse. Mas eu sou neta dele, ele devia de se lembrar de mim.
- Oh querida, e ele lembra-se. Mas a diferença de horário impede que ele ligue para falar com você.
- Tá bom.
Continuo a comer, enquanto papai e mamãe falam de alguma coisa que não me interessa.
Olho para o lado e vejo um colega meu da minha turma, a passar com a sua família. A senhora, que deve ser a mãe dele, vai a empurrar um carrinho.
O meu sonho era ver mamãe a fazer o mesmo e eu do seu lado a brincar com o neném.
Suspiro chamando a atenção dos meus pais.
- Está cansada, filha? - papai pergunta.
- Sim. Quero chegar a casa e dormir logo.
- Nem pensar, mocinha! Você vai tomar banho antes! - mamãe diz, se levantando.
Eu e meu pai fazemos o mesmo.
- Não posso tomar amanhã de manhã?
- Nós sabemos que se a mamãe disser que sim, você não vai tomar. Portanto, vai tomar quando chegar a casa.
- Chatos! - eles riem e é nesse ambiente descontraído que vamos até ao carro.
Coloco o meu sinto e peço para papai ligar o rádio, ele liga e uma música romântica começa a dar.
Vejo papai a colocar uma mão no joelho de mamãe e ambos a sorrirem um para o outro.
Com essa última memória, fecho e os olhos e acabo por adormecer.
- Filha... - uma voz distante me chama.
- Hum... - resmungo, mas a dona dessa voz, começa a fazer cócegas.
- Vamos dorminhoca. É para acordar!
- Não quero.
- A banheira já está cheia, com os seus sais preferidos. - ouvindo isso, abro os olhos e saio a correr do carro, deixando para trás mamãe.
Corro para o banheiro e realmente a banheira já se encontrava cheia.
Eu não gosto de tomar banho, mas quem em sua sa consciência, rejeita um banho de banheira com água quente e alguns sais? Exatamente, só pessoas com problemas mentais.
- Vejo que já ocupou o lugar que eu vinha ocupar agora. - mamãe entra, apenas com uma toalha enrolada no seu corpo. - Posso?
Dou espaço para ela. Ela deixa a toalha cair e se senta à minha frente na banheira. Logo me jogo nos seus braços e me sento de costas para ela, enquanto brincamos.
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Começamos a bater um papo de mãe e filha. Algo que nunca tivemos.
Só saímos da banheira quando a água começou a esfriar. Mamãe se enrola na sua toalha e enrola outra no cabelo.
Ela pega noutra e enrola em mim. Depois me pega ao colo e me coloca em cima do lavatório.
- Vamos passar um pouco de creme. Sua pele está seca. - diz colocando creme na minha cara. Sorrio para ela.
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- Mamãe? - a chamo.
Viu correr um risco, mas eu preciso de falar isto com ela.
- Oi, filha.
- Posso fazer uma pergunta?
- Claro! - diz espalhando o creme pelas minhas costas.
- Você e o papai podiam me dar um irmãozinho?
Mamãe para o que está a fazer. Ela não estava a contar com ela pergunta.
- Porquê filha?
- Me sinto sozinha. - digo triste, baixando a cabeça.
Mamãe se abaixa à minha frente e levanta a minha cabeça.
- Vamos esperar que você melhore e depois voltamos a falar sobre isso, pode ser? E você tem a mamãe e o papai.
Concordo.
Já sabia que ela ia falar isto. Mas eu com um irmão iria melhorar e bastante. Deixando as paranoias, que para mim não são paranoias.
Mamãe cuida de mim em silêncio, assim como eu.
Assim que tenho o meu pijama vestido, saio do banheiro e vou para o meu quarto, correndo.
Entro e fecho a porta, trancando-a. Me sento de costas para a porta e começo a chorar.
Isto estava a correr tão bem. Porque mamãe teve que estragar tudo, não me dando um irmão?
Eles parecem dois coelhos. Tenho que dormir com os ouvidos tapados e ela não é capaz de aceitar me dar um irmão?
Merda para a minha vida!
Me inclino para o chão. Minha cabeça bate na madeira.
(...)
Jamie Dornan
Vejo Nell a passar a correr para o seu quarto. Ela entra e bate a porta. Ouço o som da chave a rodar.
Como Dakota diz 'O que é bom, dura pouco'.
- Dakota! - grito por ela. Ela sai enrolada numa toalha do banheiro.
Os seus olhos estão vermelhos, o que me diz que acabou de chorar.
- A culpa foi minha. - ela trata logo de dizer.
- Que merda você fez?
- Nell me pediu um irmão. Eu não neguei! Apenas lhe disse para esperarmos até ela melhorar.
- Porquê? Você podia apenas ter dito vinha conversar comigo. Você teria evitado uma crise! - falo alterado.
Não penso em agredir a mulher que amo, isso está fora fora de questão, mas neste momento estou muito irritado.
- Se você me da licença, vou dormir com a minha filha hoje.
Viro-lhe costas e bato à porta do quarto dela, chamando por ela.
- Filha? - sem resposta. - Filha? - nada.
Vou até a uma das gavetas que existem no pequeno móvel do corredor e pego a chave mestra. Coloco na fechadura e assim que abro a porta, o meu mundo cai.
- Filha! - vou com os joelhos ao chão, vendo minha pequena deitada no chão.
Verifico a sua pulsação e está fraca. Pego nela com cuidado e a coloco na cama. Me deito ao seu lado e fico esperando ela acordar.