Capítulo 2

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Nell Dornan

- Então? - encaro os meus pais.

Com cuidado e com a ajuda de mamãe me sento, mais confortável, na cama.

- Princesa... - meu pai começa, mas eu o impeço de continuar.

- Por favor, não utilize outros nomes para me chamar. Meu nome é Nell e é assim que gosto de ser chamada. - minto, mas ele não precisa de ser carinhoso comigo, só porque estou no hospital.

- Nell... - minha mãe me chama atenção. Olho para ela. - Nos ficamos preocupados com você. A professora disse que você desmaiou do nada. Os médicos não descobriram o que você tem. Todos os exames que você fez, dizem que você esta bem.

Claro que ela não sabe da quantidades de noites que eu fico acordada a chorar. Nem vai saber.

- Pode ter sido uma quebra de tensão. É normal quando não se come. - digo indiferente.

- Você não toma o café da manhã? - meu pai pergunta, como se não acreditasse.

Eu acordo sempre em cima da hora e não tenho tempo para tomar o café da manhã. Quando acabo de me vestir, logo o ônibus do colégio está a porta.

- E você se importa realmente se tomo ou não? - ele baixa o olhar.

- Você não precisa de ser assim com o seu pai. Ele também está preocupado.

- Oh, isso e novidade. A última vez que ele esteve preocupado com algo relafionado comigo foi... deixem ver... - faço uma cara oensativa - Isso mesmo. NUNCA. - grito.

Papai se levanta e sai do quarto. Os meus batimentos cardíacos começam a acelerar, começo a transpirar e a ver tudo a rodar.

- Filha? - ouço minha mãe me chamar, mas a voz parece distante.

***

Abro os olhos lentamente. Posso ainda notar o cheiro a hospital e quando abro os olhos por completo, confirmo que ainda estou no quarto.

Olho para o lado e no pequeno sofá está mamãe a dormir, mas não há sinais de papai.

Eu sei que fui dura com ele, ao dizer que ele nunca se preocupou comigo, mas e a verdade. Ele simplesmente é carinhoso quando esta bêbedo.

- Mamãe? - chamo ela baixinho, mas ela se assusta e salta do sofá.

Olha para mim assustada, mas depois sorri.

- Ei. Como você se sente? - ela se levanta e se senta na beirada da minha cama, passando o polegar pela minha bochecha.

- Bem. Mas com um pouco de dor de cabeça.

Ela se estica e carrega num botão vermelho. Logo passa pela porta, um senhora de branco com os cabelos roxos.

- Oi princesa. Como se sente? - pergunta, quando começa a checar o meu soro.

- Não sou princesa. - cruzo os braços.

Mamãe e a senhora riem.

- Claro que é. Mas, como se sente? - encolho os ombros.

- Dói-me a cabeça.

Ela escreve alguma numa plaquinha e depois sorri para mim.

- Mamãe já te explicou o que aconteceu?

Do Ódio ao Amor (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora