C A P Í T U L O 15

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Pois dessedentou a alma

Sequiosa

E fartou de bens a alma faminta.

(Salmos 107:9)

💙 JOABE LUCAS 💙

Acordo com minha mãe me chamando.

— Joabe, querido, acorde — minha mãe entra no quarto — vamos, levante — ela bate palmas.

— Bom dia para a senhora também, mãe — tento ignorar o que ela falou.

— Bom dia, meu querido, vamos que você tem que ir à escola — ela puxa o edredom que estava comigo.

Me levanto sem coragem e oro. Após agradecer a Deus por tudo, tomo um banho e logo visto a farda da escola e desço para tomar meu café da manhã.

— Bom dia! — me assento à mesa.

— Bom dia! — respondem uníssonos, até meu pai estar à mesa, o que é um milagre, pois meu pai só vive no trabalho.

[... horas depois ...]

Estamos todos sentados no pátio da escola, conversando sobre várias coisas, mas algo me chamou atenção: Becca estava muito quieta, mais que o normal. Resolvo perguntar a ela quando estivermos voltando para casa. 

— Ei, Becca? — olho para ela — preciso conversar com você a sós, pode ser? — ela afirma que sim com a cabeça.

Nos afastamos um pouco do resto do pessoal.

— Então, pode falar — ela encara seus pés enquanto caminha.

— Estou te achando muito quieta, você não tá bem né? — continuo encarando seus pés.

— Estou sim, deve ser impressão sua — ela força um sorriso — é sério, eu estou bem, sou super alegre, nunca fico triste — ela me olha (imaginem como a imagem na mídia).

— Ah, claro, e eu sou o Super Homem — uso meu sarcasmo.

— Eu estou falando sério, Joabe — ela me empurra.

— Ei! — resmungo enquanto ela ri.

— Vai ao ensaio dos jovens? — ela pergunta.

— Vou sim, e você? — faço a mesma pergunta.

— Acho que sim — ela dá de ombros.

— Acha? Eu escutei "acha", Srta. Rebecca? — afirmo.

— Quem disse? — ela pigarreia.

— Euzinho aqui — aponto para mim mesmo.

— Você? — ela dá uma gargalhada — até parece — debocha.

— Tá duvidando é? — a deixo para trás.

— Ei, espera — resmunga logo atrás.

[... horas depois ...]

💜 MARIA REBECCA 💜

Estou deitada em minha cama, já são 13:47 da tarde, até que um certo ser, uma certa criatura, invade meu QUARTO.

— O quarto do meu irmão é do outro lado — falo sem tirar o foco do livro que estava lendo.

— Ah, não se preocupe, estou aqui para falar com você, não com seu irmão — Joabe cruza os braços.

— O que você quer? — tiro a atenção do meu livro e espero uma resposta.

— Ué, não está claro? — ele faz aspas com as mãos.

— Não? — arqueio uma de minhas sobrancelhas.

— Ah, fala sério, Rebecca, anda logo, te espero lá embaixo, e é bom se cuidar logo ou você vai para o ensaio assim mesmo, como está — ele aponta para minha roupa como se fosse um trapo.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗧𝗲 𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗲𝗶.Onde histórias criam vida. Descubra agora