C A P Í T U L O 29

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Todavia, eu tenho algo contra ti, porque deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, portanto, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; senão, virei rapidamente a ti e removerei o teu candeeiro do seu lugar, se não te arrependeres. (Apocalipse 2:1-5)

💜MARIA REBECCA💜

Levanto-me da cama animada; estou estranha, isso é normal? Espero que sim.

Os dias têm sido bem melhores; mesmo em meio ao cansaço, tenho colocado um sorriso no rosto e prosseguido. Wallace já saiu do hospital, "graças a Deus", é o que ele diz. Wallace não é mais o mesmo; no começo, achei que fosse mentira, mas o cara está realmente estranho, ou talvez seja coisa da minha cabeça.

Hoje não irei trabalhar; talvez eu fique em casa assistindo à minha série preferida, "The Umbrella Academy", ou quem sabe eu queira apenas dormir o dia inteiro, sem preocupações e sem problemas para enfrentar. Desperto da minha agenda esquemática que criei no pensamento e desligo o chuveiro. Procurar uma roupa nunca foi tão difícil para mim, exceto que eu tenho que ter pelo menos uns 10 minutos. Mas hoje eu havia passado dos limites; estava quase 30 minutos olhando o guarda-roupa, e olha que eu nem tenho lá essas coisas de roupas.

Finalmente, havia escolhido a roupa certa, na verdade, escolhi uma bem básica.

Quando já havia me vestido e estava prestes a me jogar na cama, a campainha toca. Com a coragem que tenho, me levanto para atender a porta e dou de cara com quem nem conseguia imaginar.

— Pai? — olho para o homem, meu pai, com um sorriso no rosto e duas malas ao seu redor.

— Olá, querida, como vão as coisas? Soube que você conseguiu o emprego dos sonhos — meu pai atravessa a porta, e eu continuo parada, sem acreditar — você está diferente, querida, como cresceu — mais uma vez, ele se pronuncia.

Fecho a porta e cruzo os braços, me virando até o homem de cabelos grisalhos à minha frente.

— Faz apenas 4 meses que eu saí de lá; não tem como eu crescer — reviro os olhos, enquanto meu pai procura algo na bolsa.

— Se você diz — dá de ombros, enquanto me estende uma sacola com algo dentro.

— O que é isso? — pergunto, sem entender.

— Uma garota que diz ser sua amiga mandou eu te entregar quando cheguei aqui. E esse é o meu — me entrega uma caixa, enquanto eu estava prestes a abrir a sacola.

É bem a cara da Débora me mandar fone de ouvido, mas é muito fofo.

Abro a caixa, enquanto meu pai me olha com cara de preocupado.

— Uau, que demais, é INCRÍVEL! — pulo com a câmera Intox mine 8 — Obrigada, pai — deixo um beijo em sua bochecha e subo para o quarto o mais rápido que posso.

Olho novamente para a câmera, completamente apaixonada. Seria tão bom se o Matthew estivesse aqui; ele amava tirar fotos e pendurá-las na parede do quarto. Era incrível como ele decorava nosso quarto. Sim, nosso quarto, éramos pequenos, e nossa mãe nunca nos deixou separados; éramos totalmente grudados.

Flashback ~on~

— Matthew, espela! — gritava, enquanto meu pequeno irmão corria até Mullo.

— Anda, Becca, corre — corria apressadamente atrás dele.

— Como se aplende? — Matthew pergunta ao nosso irmão mais velho.

— Assim, ó, primeiro você põe o pé aqui e pedala com os pés, mas tem que ter força, e com as mãos, você equilibla o guidão da bicicleta — explicava, enquanto ambos prestávamos atenção.

𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗧𝗲 𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗲𝗶.Onde histórias criam vida. Descubra agora