Capítulo 17

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Seus lábios depositam beijos molhados nas minhas costas. Ele se afasta um pouco e sinto falta do seu peso em cima de mim.

Lorenzo se dedica a beijar, por alguns minutos, a pele das minhas costas e do meu pescoço.

Sei que estou ronronando como um gato manhoso, mas é inevitável. Acabamos de transar feito loucos e agora ele me trata que se fosse me colocar em uma redoma de vidro.

A ponta dos seus dedos desliza pela minha pele nua, sinto cócegas ao mesmo tempo que meu corpo reacende, arrepiando cada pelo do meu corpo com o seu toque.

Me aninho em um travesseiro e fico olhando-o me dar carinho por cima do ombro. Ele está compenetrado no movimento suave que seus dedos fazem, sua testa está vincada, mas seus lábios estão ligeiramente erguidos, como um sorriso contido. Parece que ele escreve algo na minha pele várias e várias vezes, como se quisesse marcar alguma coisa em mim.

Ele se inclina até o meu rosto e beija o canto dos meus lábios.

— Já volto. — seu peso deixa o colchão e em seguida escuto a porta do banheiro fechar.

Não quero me mexer, nem sei se consigo. Estou extremamente relaxada e ligeiramente entorpecida. Não confio nas minhas pernas nesse momento.

Poucos minutos depois ouço a porta do banheiro abrir e me mexo um pouco para olhar para ele.

Lorenzo sai do banheiro ainda nu e com os cabelos completamente bagunçados. Seus fios crescidos caem pela sua testa, o que o deixa ainda mais bonito. Sua pele está corada pelo esforço e seus lábios inchados de tanto me beijar.

— Quero ir ao banheiro, mas não sei se consigo. — rio e rolo meu corpo pela cama, me deitando com as costas no colchão.

— Quer ajuda? — ele para de vestir sua calça e a deixa de volta no chão, segura um dos meus pés e me puxa para ele pela perna.

Dou um grito e ele ri, se divertindo e se aproveitando da situação.

Sua mão leva o meu pé até a sua boca, ele morde e beija minha pele.

Fico olhando fascinada ele se deliciar com meu pé e o meu tornozelo, seu olhar grudado no meu fazendo meu corpo iniciar toda aquela luxúria de novo.

Ele descansa meu pé na cama e sorri.

Um sorriso lindo que eu não tinha visto antes. Não tinha nenhum vestígio de arrogância nele. Foi como se aquela máscara dura e fria que ele mantem em sua face tivesse caído.

Vejo na minha frente um Lorenzo que eu não conheci até então, desde que nos vimos pela primeira vez.

De alguma forma aquilo me incomoda, me constrange, não sei explicar. Sem olhar para ele me levanto e vou até o banheiro.

Ao me olhar no espelho vejo uma bagunça. Meu cabelo está embolado, minha boca inchada e tenho marcas vermelhas pela minha pele. Toco cada uma delas, lembrando do que fizemos há alguns minutos e sorrio.

Sou a face de uma mulher extremamente satisfeita.

Me apresso em larva o rosto, escovo os dentes e faço xixi. Visto o roupão felpudo que está atrás da porta e saio do banheiro.

— Lorenzo? — o chamo quando não o vejo pelo quarto.

Me sinto estúpida, porque ele não tinha para onde ir, a não ser sair do quarto.

Reparo que suas roupas não estão mais espalhadas pelo chão.

Corro até a porta e a abro, mas não há ninguém no corredor.

Nos teus olhos  - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora