Emma é uma mulher independente e segura de si. Aos 29 anos já tinha conquistado todos os seus sonhos. Tudo que almejava.
Bem sucedida na carreira, nos negócios, estável financeiramente e solteira por convicção.
A vida dela era perfeita.
No final do...
Tenho certeza de que não estou pronta, nunca estarei. Nunca peguei em uma arma antes, tirando aquela vez no hotel quando achei que Lorenzo era uma ameaça para mim, mas por Deus, eu não faço a menor ideia do que eu estou fazendo agora.
— Aperta o gatilho, Emma. — outro sussurro. Fecho os olhos, meu corpo está arrepiado e ansiando por libertação, coisas que só o Lorenzo provoca em meu corpo. — Agora! — sua voz firme me ordenando me faz abrir os olhos e por impulso eu aperto o gatilho.
O barulho do tiro da pistola não é tão alto quanto das armas que o Lorenzo atirou antes, então não me assusta tanto, mas meu corpo é ligeiramente projetado para trás se choca contra o corpo do Lorenzo com o disparo do projétil. O buraco da bala não está em lugar nenhum no alvo, o que nos leva a crer que eu errei feio.
— De novo. — Lorenzo me encoraja e aperta suas mãos sobre as minhas. — Você tem que olhar bem aqui. — ele levanta mais a arma, a deixando na altura dos meus olhos e aponta para uma pequena elevação no topo do mental. Estreito os meus olhos e me concentro para onde ele aponta. — Consegue ver?
— Não consigo me concentrar em nada com você me deslumbrando. — minha voz soa divertida.
— Eu te deslumbro, Emma? — outro sussurro, seguido de um beijo molhado no lóbulo da minha orelha.
— Você sabe que sim. — pareço indignada, mas o fato de eu ter empurrado o meu quadril para trás e o esfregado em sua ereção deixa claro que não estou tão invocada assim.
— É melhor parar ou não saímos daqui hoje. — ele segura o meu quadril, me impedindo de movimentá-lo.
— Eu não tenho nada para fazer mesmo. — dou de ombros e ele ri.
— Se concentra, de novo. Vamos! — ele diz mais sério. — Olhos na mira, não no alvo. Levanta mais os cotovelos e o rosto. — faço o que ele pede, um por um, como um checklist, e assinto. — Aperta o gatilho quando estiver pronta.
Estou com um olho aberto e o outro fechado, concentrada na mira. Há um silêncio mortal no galpão, consigo ouvir apenas minha respiração acelerada e os meus batimentos cardíacos nos meus ouvidos.
Sinto a respiração do Lorenzo soprar na lateral do meu rosto, mas a ignoro. Ignoro também a pulsação abaixo da minha cintura, aquela que ele provocou desde que pegou em uma arma na minha frente.
Fecho os olhos por dois segundos e quando os abro, aperto o gatilho.
Dessa vez consigo controlar melhor o meu corpo e o disparo não me projeta tanto para trás.
Estreito os meus olhos e vejo o buraco do tiro bem no centro do alvo, o que seria o tórax de uma pessoa.
— Muito bom! — Lorenzo sacoleja meus ombros com suavidade e beija o meu pescoço. — Está ficando boa nisso. Vamos, mais uma vez.
