Acordo com o sopro quente da respiração do Lorenzo no meu pescoço. Ela faz alguns fios do meu cabelo voarem suavemente, causando cócegas onde eles encostam, principalmente no meu rosto.
— Espero que tenha um bom motivo para me acordar, Lorenzo. — resmungo ainda de olhos fechados e mexo o meu pescoço preguiçosamente, esfregando minha pele em seu queixo, sentindo sua barba me espetar.
Eu sempre odiei ser acordada, não importa o motivo. Não sou daquelas pessoas que têm mal humor matinal, mas não mexa com o meu sono. Gosto de despertar naturalmente ou no mínimo com o despertador do meu celular tocando, mas ser acordada desse jeito pelo Lorenzo não me irritou, pelo contrário, acendeu meu corpo, me despertando instantaneamente.
— Tenho uma surpresa para você, querida. — sua voz rouca sussurra em meu ouvido e seus dedos percorrem o meu antebraço, traçando na minha pele os pelos que se arrepiaram. — Quero te levar a um lugar da casa que é especial para mim.
— Uhmmm... — murmuro imaginando coisas que podemos fazer nesse lugar tão especial. - Precisamos usar roupas para isso?
Ele ri e esconde o seu rosto no vão do meu pescoço. O som rouco da sua risada vibra pela minha pele me causando sensações que já se tornaram familiar para mim.
— É, pelo visto você não se cansa. — comenta divertido.
Me mexo na cama e viro de frente pra ele.
— Eu deveria? — arqueio minha sobrancelha em desafio quando o encaro.
— De forma nenhuma. — seus lábios descem até os meus e quando eles me tocam sinto seu hálito de menta.
Me afasto e o encaro confusa. Seu cabelo está molhado e meticulosamente penteado para trás.
— Você já tomou banho? — o questiono, ele assente e sorri docemente. — Por que não me chamou, Lorenzo? — o reprovo.
Dou um pulo da cama e caminho até o banheiro enquanto me livro do moletom que eu uso.
Ainda estou amassada da cama e sem escovar os dentes. O homem já parece um semideus nas primeiras horas da manhã. Que injustiça.
— Você estava dormindo tão bem, Emma. — ele grita do quarto quando entro no banheiro. — Não quis te acordar, sei o quanto gosta de dormir.
Escuto sua risada antes de ligar o chuveiro.
—Stronzo! — esbravejo e entro no chuveiro.
Deixei a porta do banheiro aberta, por isso não me surpreendo quando ouço sua voz bem próxima a mim.
— Acho que devo puni-la a cada vez que me ofender, Emma. — seu timbre é carregado de prepotência e instantaneamente meu corpo se arrepia. Aquela, bem-vinda, sensação de antecipação toma o meu corpo, contorcendo meu ventre e arrepiando minha pele, mesmo embaixo da água quente. Todas as vezes que Lorenzo fala assim comigo terminamos sem roupa, transando em algum lugar.
Abro meus olhos quando termino de tirar o xampu do cabelo e o encaro.
— Podia começar agora, o que acha? — deslizo minhas mãos pelo meu corpo, ainda escorregadio da espuma. Esfrego a palma da mão nos seios, na minha barriga, na coxa... por toda a minha pele nua e completamente exposta a ele.
— Emma... — Lorenzo me repreende. Seus olhos me dizem o contrário, eles me mostram todo o seu desejo. Sei que sua vontade é arrancar aquela calça preta de moletom e a blusa cinza que ele veste, entrar no box comigo e me tomar enquanto me imprensa contra a parede, mas algo o está impedindo.
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Nos teus olhos - Livro 1.
RomanceEmma é uma mulher independente e segura de si. Aos 29 anos já tinha conquistado todos os seus sonhos. Tudo que almejava. Bem sucedida na carreira, nos negócios, estável financeiramente e solteira por convicção. A vida dela era perfeita. No final do...