30 De novo isso?

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Clara On

Hoje é sexta feira graças a Deus, essa semana passou rápido e o trabalho até que foi leve, mas não vejo a hora de Voltar para casa.

Já são 19:30 e eu estou arrumando umas papeladas para depois ir embora.

Batem na porta e eu deixo entrar.
- Oie Senhor Arthur, algum problema? - Tem sim. Ele responde e vem correndo na minha direção e me beija, meus olhos ficam arregalados e eu não retribuo o beijo.

Por um segundo antes de empurralo o Diego entra. - O que está acontecendo aqui? Ele fala bravo e no mesmo instante eu empurro o Arthur.

- Você ta Maluco Arthur, porque me beijou? - Desculpa, eu não pensei no que eu estava fazendo prometo não se repetir.

- Você ta maluco em beijar a minha namorada? Falou o Diego empurrando o Arthur e dando um soco na cara dele.

Eu me intrometi na frente. - Vai defender o seu queridinho? Perguntou o Diego com um tom de raiva. - Não, eu só não quero ver Briga aqui. - Arthur por favor sai da minha sala. Falei e o mesmo assentiu saindo dela.

- Diego, eu posso explicar. Falei olhando diretamente para ele. - Explicar o que, já está bem óbvio. Falou ainda bravo e saiu batendo a minha porta.

- Que saco! Pensei passando a mão na minha cabeça.

É a segunda vez que ele não me ouve, estou cansada disso namoral.

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- Sério amiga, e ele nem quis te ouvir? Perguntou a Duda. - Sim, e nem é a primeira vez que ele faz isso, e o pior ele prometeu me escutar se fizesse isso de novo.

- Ai amiga ele tava nervoso, eu sei que ele tá errado, mas tenta ver o lado dele. - Eu não estou reclamando do nervosismo dele, é mais do que normal, mas custava me ouvir. Falei fazendo uma lágrima cair.

Diego On

Cheguei em casa com os nervos a flor da pele, nem atenção para as minhas cachorrinhas eu dei direito.

Então eu resolvi tomar um banho para resfriar a cabeça, depois que eu terminei fui para sala.

Alguns minutos depois alguém bate na porta, vejo que é o Léo e o deixo entrar.

- Que cara é essa? Ele me perguntou.
Contei tudo para ele que ficou com a boca aberta. - Ue, se ela reclamou de ele ter a beijado então ela não permitiu o beijo.

- Será? Perguntei pensando nessa possibilidade. - Pelo o que você me falou é bem provável, porque não escutou a versão dela? - Eu nem sei, estava com tanta raiva que nem quis escutala.

- Aiai, vai lá e conversa com ela o quanto antes, talvez você possa está fazendo um grande burrada.

- Você tem razão, vou falar com ela.

Fui até o apartamento dela e bato na porta, a Duda abre com uma cara de poucos amigos, mas me deixa entrar.

Ela me fala que a Clara está no quarto e eu vou até lá, abro a porta e ela está na cama abraçada com o ursinho que eu dei e chorando.

- Clara? Chamei e ela me olhou limpando as lágrimas que haviam caído.

- O que você está fazendo aqui? - Vim falar com você. - De novo isso? Você não me escuta quando eu quero falar e depois vem querendo conversar?

- Eu estava nervoso. Falei sentando em sua frente. - Olha, eu poderia não querer te ouvir agora e não conversar com você, mas assim eu faria o mesmo que você e eu estaria completamente errada então se você quer conversar vamos conversar.

- O que você quer me falar? Ela perguntou me olhando. - O que realmente aconteceu lá? Perguntei.

Ela me contou tudo e a minha vontade é de bater naquele infeliz.

A medida que ela ia falando suas lágrimas ia caindo e eu me senti um idiota por não ter a escutado.

- E o resto você já sabe. Falou ela limpando as lágrimas. - Desculpa linda, eu fui um idiota. - Foi mesmo.

- Diego, eu estou cansada de você não confiar em mim e ainda nem me escutar, você havia me prometido que não ia fazer mais isso e repetiu, não acredito mais em você.

- O que você quer dizer com isso? Perguntei preocupado. - Que eu preciso de um tempo para ver se eu confio no que você me diz de novo.

- Eu não acredito em tempo. - Então acredite no que você quiser, eu não ligo mais, você faz sempre isso acredita no que quer. Falou ela se levantando.

- E você não sabe perdoar. Falei triste. - Ai Diego quer saber? Saí daqui. Ela falou apontando para a porta.

- Você que sabe. Falei saindo do apartamento dela.

Cheguei no meu quarto e comecei a chorar uma tristeza corroeu o meu peito e eu só queria chorar.

Eu nunca tinha sentido isso antes, eu a amo e saber que ela não está comigo era a maior dor que eu já  havia sentido.

Minhas cachorrinhas vieram para cima de mim me lambendo e eu larguei um pequeno sorriso e acabei fazendo carinho nelas

Contínua...

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