36 • A origem

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LEIAM AS NOTAS FINAIS
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Any: - Eu não aguento mais - grito irritada.

Com a minha volta acontecerá um grande baile de celebração por eu não estar morta, só que eu vou ter que fazer o planejamento e eu não aguento mais isso. Não estou acostumada e isso é entediante.

Já decidi as flores - que obviamente serão girassóis com flores diversas brancas - e também já vi as comidas que agradem todos os convidados, ainda falta outras coisas mas isso eu vou pedir pra minha mãe ver. Já ia me esquecendo que tudo será das mesmas cores das flores, branco e amarelo.

Eu estou na biblioteca desde que acordei, até almocei aqui e não sei como ninguém reclamou por isso. Sinceramente eu não aguento isso, me dou bem melhor em governar o país do que planejar uma festa. Pena que o machismo não deixa as mulheres governarem.  Patético.

Mordo a caneta nervosa e volto a escrever no planejamento. Eu amo decorar a folha só que dessa vez eu não posso por ser algo oficial da realeza. Porém eu fiz uma folha toda decorada e outra como pediram que eu fizesse, vai ser bom eu ter guardado um exemplo de como faz isso.

- Não posso fazer isso - escuto alguém falando do primeiro andar da biblioteca, como sou curiosa desço as escadas ficando escondida entre as estantes.

A biblioteca principal aqui do Castelo é gigantesca e cheias de estantes que formam corredores extensos, por ter dois andares tem uma escada que se separa em duas que vai pro segundo andar que na verdade é um "dec" . Tem uma janela enorme que vai do primeiro andar até o segundo, a cortina azul marinho faz ela fica mais elegante com o sofá branco que tem grudado na janela. No segundo andar fica mais mesas de estudos e computadores, só que também tem estantes repletas de livros.

A pessoa que falava no celular era um homem mais não passava de ter vinte anos pela voz. Como eu to escondida na virada da escada não consigo ver muito bem quem é, mas posso escutar oque ele fala.

- Não pai, não vou machucar a Any por nada - seguro o grito que ficou preso na minha garganta - Já disse que não gosto dela desse jeito - outra pausa - Pai não vou fazer isso - a pessoa bufa irritada e sai da biblioteca.

Quem diabos queria me machucar? E porque alguém faria isso, tem nem uma semana que voltei e já querem me matar de novo? Que droga.

Guardo as minhas coisas e saio correndo pro meu quarto, provavelmente eu vou levar um sermão se o meu pai souber que eu corri nos corredores do Castelo mas isso é o de menos agora. Tem alguém querendo me machucar e meus poderes ainda não voltaram por completo, então não posso me proteger sem uma adaga ou arco e flecha.

Esbarro com alguém e acabo caindo no chão e bagunçando todos os meus papeis de planejamento que eu tenho que entregar pra minha mãe.

Any: - Droga - resmungo acariciando meu braço que concerteza vai ficar roxo pela batida.

Olho pra cima vejo Noah com seu terno todo amarrotado e com os cabelos bagunçados. Ele ficava lindo assim, sem a roupa toda engomada e parecendo um robô que só segue ordens. Nesses meses que passei fora fez bem a ele. Noah agora tem um pouco mais de barba e seu cabelo cresceu um pouco. Aparentemente ele também ganhou mais músculos.

Noah: - Desculpa Any, não vi você - arregalo os olhos mais assinto levantando.

A voz era do Noah, não, isso não pode ser verdade, ele não faria isso. Ou faria? Não é todo certinho e é um dos que provavelmente terei que escolher por ter uma boa visibilidade. Não tem motivos pra ele querer me machucar.

Saga Ignis - A origemOnde histórias criam vida. Descubra agora