Alemão Narrando.
Eu: fala ai Galvão - cumprimento o PM - ta tudo esquematizado pra aquela bronca la?
Galvão: oh Alemão! Eu cumpro com a minha palavra. Ta tudo no esquema. Teremos um falso aviso de assalto no limite da cidade. E como nós somos a unidade responsável, teremos que ir.
Eu: fechou parça! O K3, trás a ajudazinha pro parceiro. - falo e o mesmo trás a mochila com a grana
Galvão: ta tudo certinho?
Eu: confia carai! ta tudo ai - falo apontando pra mochila - 20 mil reais em notas pequenas, como você pediu.
Acertamos mais algumas coisas e eu logo meti marcha dali.
Ficar no asfalto é um perigo lascado, sempre tem neguinho de olho na gente.
Subo na minha moto dirijindo até o morro.
Pelo caminho dou de cara com uma viatura e não do bobeira não, acelero e dou fuga dali.
Esses pé preto sempre tentam me fuder, mas tenho gente demais trabalhando pra mim de dentro da PM.
O que um dinheiro a mais na conta não faz! Qualquer um vende a alma rapidinho só pra ter o que o salário não paga.
Chego no morro e estaciono minha moto em frente de casa.
Desço da mesma e vou andando tranquilamente até a lanchonete da tia Jô.
Eu: fala ai tia Jô! - sorrio a cumprimentando com um beijo na bochecha.
Tia Jô: você nunca muda né Brenno ? - ri me olhando - vocês podem ter a idade que for, sempre irão me cumprimentar assim - fala apertando minha bochecha, me fazendo rir.
A tia Jô é a mãe de todos aqui na comunidade.
Ela é carinhosa, humilde e prestativa até com quem não merece.
Essa mulher é um exemplo a ser seguido!
Eu: já pensou sobre aquele assunto la?
Tia Jô: já! e eu não aceitarei esse dinheiro pra montar minha lojinha la na barra. Os meus lanches podem ser gostosos, mas eu não quero aceitar doação de ninguém pra poder abrir meu negócio.
Eu: ja é tia! mas tu tá ligada que é só dar um toque que nois arruma a grana pra senhora né? - sorrio e a mesma assente.
Tia Jô: eu sei meu filho! obrigada! - fala me olhando e logo desvia o olhar pra trás de mim - essa ai é a irmã do Pedro?
Tereza: boa tarde Jô, boa tarde Alemão- sorri nos cumprimentando e beija minha cabeça- como vai esse juizo?
Eu: vish Terezinha, ta cada vez pior - falo e nós rimos.
Logo em seguida olho pra loirinha.
Eu: qual sua graça ? - pergunto a olhando que me encara confusa e com cara de poucos amigos - qual teu nome loirinha?
Bárbara: é Bárbara - fala séria e desvia o olhar.
Marrenta, sai pra lá.
Eu: quer dizer então que a dona Tereza ta de filha nova? - pergunto olhando a Tereza e logo volto a olhar pra loirinha, a olhando de cima a baixo.
Bárbara: e eu la sou objeto para alguém estar comigo?! - revira os olhos - céus você é igualzinho o Pedro Alves.
Tia Jô: minha filha, experimenta uma coxinha - fala entregando uma coxinha pra menina que sorri - por conta da casa!
Bárbara: obrigada - fala sorrindo e coloca a mão no bolso tirando uma nota - eu insisto em pagar, por favor! - estica o dinheiro
A tia Jô reluta muito mas depois acaba aceitando.
Eu ainda vou dar uma loja pra ela, papo reto.

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A patricinha do Vidigal
Novela JuvenilDo condomínio pra comunidade. Bárbara tem sua vida virada de cabeça pra baixo depois da morte de seu pai. A jovem nunca imaginou que teria de largar a sua vida para viver com uma desconhecida, a mulher que lhe deu a vida. Nunca pensou que teria qu...