17.

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Quando eu ia responder a Bárbara aparece na cozinha o que me faz respirar aliviado.

Bárbara: bom dia - fala olhando o relógio

Tereza: bom dia minha filha! dormiu bem? - sorri a olhando que assente com a cabeça - posso te perguntar uma coisa?

Bárbara: claro, o que?

Tereza: por que você e o Pedro dormiram juntos?

Bárbara fica vermelha na hora e desvia o olhar.

Bárbara: eu fiquei mal porque lembrei de tudo que aconteceu com o meu pai, ai eu e o Pedro ficamos conversando e eu acabei dormindo por la mesmo - da de ombros.

Tereza: foi só isso?

Bárbara: sim! não rolou nada não- fala me olhando

Tereza: então ta bom- sorri - bom, tem almoço pronto se quiserem almoçar. eu tenho umas coisas pra resolver e depois vou direto pro trabalho a noite. não me esperem.

Dona Tereza da um beijo em nossas testas e pega sua bolsa saindo em seguida.

Assim que ouço a porta batendo me sento na cadeira soltando um suspiro aliviado.

Bárbara: o que rolou aqui antes de eu chegar em? - ri me olhando enquanto faz um coque no cabelo.

Eu: ela achou que a gente tinha ficado e começou a me fazer várias perguntas - rio fraco desviando o olhar. - mas ja ta tudo resolvido - sorrio - tenho que ir trampar, hoje tu tem facul?

Bárbara: infelizmente - suspira - não queria ir, maaaas, nao posso faltar mais.

Eu: se quiser eu te levo la!

Bárbara: não precisa não, combinei com o Feh dele vir me buscar.

Eu: quem é Feh?

Bárbara: ah, é o Felipe, meu melhor amigo.

Eu: hm. ta ok então- falo me levantando e vou até ela - boa aula, e obrigado por ontem. de verdade - falo e a mesma me abraça.

Bárbara: não precisa agradecer! é o que uma i

Eu: é eu sei, é o que uma irmã deveria fazer e blablabla - reviro os olhos rindo fraco. - vou la, ate mais tarde. - falo saindo.

Tereza Narrando.

Assim que eu sai de perto do morro avisto o carro que tanto me da calafrios.

Respiro fundo parando e espero virem até mim. Assim que eles abrem a porta eu entro.

— Eai? ta tudo certo la? - pergunta me olhando e eu assinto.

Eu: ta sim! mas eu nao posso continuar mentindo pra eles. Eu simplesmente não posso. Ela ta se tornando importante pro meu Pedro.

— Teu Pedro - ri irônico - Até quando tu vai conseguir sustentar essa mentira? em?! - pergunta e eu reviro os olhos - Eu to pouco me lixando pro que você acha que é certo ou errado. Se tu não fizer isso o "teu filhinho" - faz aspas com a mão- vai pra vala dona Tereza - fala irônico. - e acho bom que nenhum dos dois descubram, e muito menos que se aproximem.

Eu: e o que eu tenho que fazer?

— Não sei Tereza, da teus pulos carai!

Eu: como você pode ser tão cruel assim? não basta ter matado o pai dela aind - ele me corta

— Se você mencionar isso mais uma vez eu estouro teus miolos - fala sacando a arma - e eu ja te disse 50 mil vezes que aquele estorvo lá não era pai dela. tu nunca vai entender isso ?! bota isso na tua cabeça Tereza. A filha é minha, não era daquele bosta não.

Eu: você olha como você fala dele - aponto o dedo em seu rosto enquanto sinto lágrimas rolando - eu o amava e você me fez ficar longe dos dois!

— Quantos testes de paternidade tu quer que eu faça pra você acreditar que a Bárbara é minha filha caralho?! Puta que me pariu.

Eu: pai é quem cria Russo. Quem cria. Não quem coloca no mundo e some.

Russo: pra mim o que importa é o sangue que corre nas veias dela. E o sangue é meu. Meu e teu.

Eu: você é louco - falo revirando os olhos e abro a porta pra sair do carro e o mesmo segura meu braço.

Russo: eu to falando sério. Se eles descobrirem o Jamaica ta na vala. - fala e empurra o meu braço.

Saio do carro batendo a porta e ouço os pneus cantando e o carro indo embora em seguida.

Eu: merda merda merda - falo me sentando na calçada- o que eu vou fazer agora - falo passando as mãos pelo meu rosto.

A patricinha do VidigalOnde histórias criam vida. Descubra agora