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Faz uma semana desde que tudo aquilo aconteceu.

Eu e o Peh estamos mais próximos. Agora conversamos todos os dias, e passamos bastante tempo juntos. Ele as vezes me manda umas indiretas mas eu recuso porque né, ele namora.

A Giulia e o Alemão voltaram a ser amigos, e eu fui descobrir que eles já se conheciam só depois.

Posso estar enganada, mas acho que nós viraremos bons melhores amigos.

EU E O ALEMÃO! Não eu e ela.

Larissa: tá com a cabeça onde amiga? – pergunta rindo

Eu: na vida – dou de ombros rindo fraco.

Eu sempre conto tudo pra Lari, e dessa vez não foi diferente.

Larissa: eu tenho certeza que o Alemão tá interessado nela.

Eu: o que? Não! Acho que não. Ela namora o Pedro, ele não faria isso.

Pedro Narrando.

Fui dar uma volta no morro e reparo em duas pessoas conversando.

Sinto que tenho que me aproximar e quando vejo não acredito.

A Giulia tava falando com o Alemão, mas não pareciam estar conversando namoralzinha.

Mas de verdade? Não senti nada quando vi aquilo.

Quando eu vou me aproximar pra falar algo ela simplesmente se aproxima dele o beijando na bochecha, e percebo que ele fica surpreso.

Penso em ir até eles mas recebo um rádio na hora, no mesmo momento em que escuto barulho de tiros.

Marreta: tão invadindo o morro rapaziada! Tamo precisando de reforços aqui. Deram baixa em 3 lek já– grita enquanto escuto barulho de tiros e vejo as pessoas correndo.

Eu: Marreta vai na busca da Babi, ve se ela ta em casa! –falo no rádio e vou até os dois, que se levantam assustados por causa dos tiros – Giulia, vai pra tua casa e não sai de la. Outra hora a gente bate um lero do que tava acontecendo aqui – falo e a mesma assente com a cabeça chorando e saio correndo em direção de sua casa.

Alemão: o parça não é nada do que você ta- o cortei.

Eu: ta Alemão, depois a gente fala disso pai. Negócio agora é resolver essa porra. – falo sacando minha arma e ele faz o mesmo.

Fazemos nosso toque e nos separamos, indo ajudar o resto dos caras.

Desço o morro e vou ouvindo os tiros cada vez mais altos.

Assim que vejo os cara que tão atirando não acredito.

Não era polícia, e sim os mano do Russo.

Na mesma hora passo um rádio só pro Alemão.

Eu: parça, os mano do Russo que tão invadindo! vieram na busca. Vou pra casa proteger a Babi e acho melhor tu ir pro galpão. A gente não sabe qual o plano deles.

Alemão: pode pá irmão, vou pro- ouço um barulho de tiro e ele para de falar.

Eu: merda – falo saindo correndo pro lado que ele foi.

Alemão narrando.

Assim que eu respondi o Jamaica um cara apareceu na minha bota e atirou na minha direção, mas o tiro passou longe.

Segundos depois dele reparar que o tiro não pegou, sorrio sínico pra ele e atiro em seu peito vendo o mesmo cair no chão, agonizando de dor.

Saio dali e atiro em mais uns indo direto pro galpão.

Esse galpão é seguro, ninguém além do Jamaica tem o conhecimento daqui.

Como ele sempre foi meu braço direito, eu confiei a ele esse segredo. E sinceramente, ainda bem que eu fiz isso. Vai que o Nando é o x9 mesmo.

Eu: ae caralho, to vivo! Um filha da puta atirou na minha direção quando eu tava falando.  – passo um rádio pro Jamaica.

Jamaica: Alemão seu filha da puta, eu tava indo pro teu lado pra te procurar. Mas pode pá então. To colando la pra casa.

Eu: não esquece de me dar notícias – falo e desligo o rádio pra não ficar me estressando por não poder sair de la.

Bárbara Narrando.

Estava jogada no sofá assistindo série quando escuto barulhos de tiros.

No mesmo momento me jogo no chão colocando uma almofada em minha cabeça tentando diminuir a altura dos barulhos.

Eu nunca havia vivido aquilo.

Os barulhos estavam cada vez mais altos, e pelo que eu ouvia os meninos comentando, quer dizer que eles estão cada vez mais perto do topo, e da casa do Alemão.

Eu: por favor que não aconteça nada com eles. – repito várias vezes e logo escuto um estrondo.

Olho assustada pra frente e dou de cara com o Nando na porta, que a fecha após entrar.

Nando: tá tudo bem com você Babi?- fala olhando ao redor e vem até mim.

Eu: não, eu não sei o que fazer quando acontece isso – falo me referindo ao tiroteio.

Nando: Continua no chão, nunca se sabe se pode passar uma bala perdida. – assinto com a cabeça e continuo no chão, enquanto ele vai vigiar a porta e as janelas.

Em nenhum momento ele largou a arma da mão. Ele estava rondando a casa, e foi pra cozinha.

Do nada os tiros perto de casa pararam, e em seguida a porta abre me fazendo olhar apreensiva.

Assim que reparo que é o Pedro me levanto correndo e vou até ele o abraçando enquanto começo a chorar.

Eu: por que isso ta acontecendo Pedro? – pergunto ainda abraçada dele que me aperta em seus braços.

Pedro: boatos de que o pessoal do morro do teu pai que ta invadindo.

Eu: e por que ele faria isso?

Nando: porque a gente veio buscar a princesinha dele – fala apontando a arma pra nós me fazendo soltar do Pedro no mesmo instante.

Eu: Nando abaixa essa arma! – falo me tremendo.

A patricinha do VidigalOnde histórias criam vida. Descubra agora