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Jamaica Narrando.

Não acredito que ela vai me ajudar.

Quer dizer, eu acredito! Eu só não acredito que isso ta acontecendo.

Geralmente as pessoas cagam e andam pra isso. E a maioria das pessoas que eu ando usam também, então...

Mas eu infelizmente fui o único que me viciei nessa porra.

Eu comecei de jovem, uns meses depois de terem matado meu pai. Acho que eu tinha por volta dos meus 16 anos.

O bagulho foi tenso demais, antes eu só queria saber de usar drogas e transar com as minas da minha idade.

Foi por pouco que eu não tive um filho.

Imagina só: um adolescente de 16 anos, viciado, sem futuro e pai.

Talvez ter uma irmã não seja tão ruim assim.

Mas bem que ela podia não ser minha irmã, por que ai...

Ish Pedro, sai dessa carai! Olha esse pensamento - balanço a cabeça e reparo que a mesma se separou de mim.

Eu: bom, vou tomar um banho que daqui a pouco ta na hora de eu vazar. Você tem exatas duas horas pra se arrumar!

Bárbara: da tempo - da de ombros - e prometo tentar colocar uma roupa discreta ta? mas não uma burca, porque primeiro que ta um calor do caralho, e segundo que eu to cagando e andando pro que os outros vão falar de mim- sorri me olhando e eu assinto.

Eu: só toma cuidado com a Jessica! essa mina é retardada!

Essa mina fica correndo atrás de mim e do Nando.

Ela sempre tenta dar o golpe da barriga na gente, mas nunca rola.

De vez em quando a gente transa, e não vou mentir não, ela fode bem.

Mas fora isso ela é só um pacote de ar.

Bárbara Narrando

21:00hrs do mesmo dia.

Vou pro meu quarto e tomo um banho sem pressa.

Ao sair seco o meu cabelo e logo após vou pro quarto escolher minha roupa.

Coloco um shorts jeans rasgado que mostra a poupa da minha bunda e um body aberto no meio ( passa pro lado pra ver o look dela).

Faço uma make básica, mas não tão básica assim. Faço o meu clássico gatinho e passo um gloss.

Termino de me arrumar e calço meu tênis, pegando minha carteira, meu celular e saindo do quarto em seguida.

Escuto um barulho na sala e como eu nem sou curiosa desço pra ver o que era.

Logo que vejo a sala reparo que tem 4 garotos sentados no sofá fazendo baderna.

O Pedro, o Nando, o Alemão e um que eu nunca vi na minha vida.

Acabo fazendo barulho sem querer e todos viram me olhando.

Eu: foi mal - rio fraco sentindo minhas bochechas corarem.

Pedro: Bárbara, vem conhecer meus parceiros - fala me chamando com a cabeça e eu vou até eles - o Nando e o Alemão tu ja conhece né? - pergunta e eu assinto sorrindo pro Nando e olhando séria pro Alemão. Não gostei do jeito dele falar comigo, me chamando de loirinha - esse é o Lucas,conhecido como aranha aqui no morro. Na realidade só quem tem intimidade chama a gente pelo nome, de resto tudo pelo apelido.

Eu: prazer em te conhecer aranha - falo dando ênfase no apelido.

Aranha: prazer gatinha - sorri - pode me chamar de Lucas - fala rindo e eu assinto com a cabeça.

Estava prestando atenção na conversa quando o meu celular toca.

A patricinha do VidigalOnde histórias criam vida. Descubra agora