Assim que o Pedro se acalmou ele me olhou, e partiu meu coração vê-lo daquele jeito.
Dava pra ver em seu semblante que ele estava triste.
Eu: quer conversar? - pergunto e o mesmo nega com a cabeça.
Pedro: dorme aqui comigo? - sussurra me olhando e eu sinto um desconforto com sua pergunta.
Eu: eu não sei se é uma boa ideia, se a Tereza chegar e - ele me corta.
Pedro: ela não vai pensar nada. por favor. eu não vou fazer nada, eu só preciso de você aqui. - suspira - você conseguiu me acalmar, e isso não é nada fácil- ri fraco olhando pra baixo.
Depois de eu relutar muito com meus pensamentos acabo aceitando.
Eu: ta bom, eu durmo aqui com você. - falo e o mesmo sorri fraco.
Nós nos deitamos e o mesmo nos cobriu.
Pedro: obrigado por estar fazendo isso por mim! - fala e eu assinto com a cabeça sorrindo.
Eu: é o que uma irmã deveria fazer né?
Pedro: é, é o que uma irmã deveria fazer- sorri fraco.
O mesmo me puxa pra perto dele fazendo com que eu deite em seu peito e eu meio que automaticamente o abraço.
Eu: eu não sei o que aconteceu. Mas pode ter certeza que a dor é a maneira de nós lidarmos com aquilo, e está tudo bem! - falo o olhando
Pedro me olha e não fala nada, parecia estar processando o que eu falei.
Respiro fundo e deito minha cabeça em seu peito fechando meus olhos.
Quando eu estava quase dormindo sinto o mesmo afagar meus cabelos. Sorrio e pouco tempo depois apago.
Pedro Narrando.
Nunca imaginei que alguém pudesse me acalmar de tal forma.
Na dia seguinte, acordo primeiro que a Babi e sorrio involuntariamente ao olhá-la dormindo em meus braços.
Balanço a cabeça espantando tais pensamentos e me levanto com cuidado a cobrindo novamente.
Saio do quarto e vou pra cozinha, dando de cara com a minha mãe.
Eu: que horas são? - pergunto tentando me acostumar com a claridade e levo a mão a cabeça ao sentir uma pontada.
Ressaca que fala né?
Tereza: meio dia! - fala seca me olhando - eu vou te perguntar uma coisa, e eu quero total sinceridade em sua resposta.
Eu: o que?
Tereza: você e a Bárbara tiveram algo ontem?
Eu: não- respondo tranquilamente negando com a cabeça.
Tereza: então porque quando eu cheguei fui procurar ela no quarto e não a achei? e quando fui ver no seu quarto dou de cara com vocês dois dormindo agarrados?? - pergunta ficando brava.
Eu: relaxa mãe, não aconteceu nada! se não acreditar confirma com ela depois - reviro os olhos.
Tereza: e você queria que tivesse acontecido algo?
Eu: qual foi mãe?! ela é minha irmã!
Tereza: Pedro Alves você não respondeu minha pergunta! - pergunta cruzando os braços.

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A patricinha do Vidigal
Teen FictionDo condomínio pra comunidade. Bárbara tem sua vida virada de cabeça pra baixo depois da morte de seu pai. A jovem nunca imaginou que teria de largar a sua vida para viver com uma desconhecida, a mulher que lhe deu a vida. Nunca pensou que teria qu...