16.

3.1K 178 23
                                        

Assim que o Pedro se acalmou ele me olhou, e partiu meu coração vê-lo daquele jeito.

Dava pra ver em seu semblante que ele estava triste.

Eu: quer conversar? - pergunto e o mesmo nega com a cabeça.

Pedro: dorme aqui comigo? - sussurra me olhando e eu sinto um desconforto com sua pergunta.

Eu: eu não sei se é uma boa ideia, se a Tereza chegar e - ele me corta.

Pedro: ela não vai pensar nada. por favor. eu não vou fazer nada, eu só preciso de você aqui. - suspira - você conseguiu me acalmar, e isso não é nada fácil- ri fraco olhando pra baixo.

Depois de eu relutar muito com meus pensamentos acabo aceitando.

Eu: ta bom, eu durmo aqui com você. - falo e o mesmo sorri fraco.

Nós nos deitamos e o mesmo nos cobriu.

Pedro: obrigado por estar fazendo isso por mim! - fala e eu assinto com a cabeça sorrindo.

Eu: é o que uma irmã deveria fazer né?

Pedro: é, é o que uma irmã deveria fazer- sorri fraco.

O mesmo me puxa pra perto dele fazendo com que eu deite em seu peito e eu meio que automaticamente o abraço.

Eu: eu não sei o que aconteceu. Mas pode ter certeza que a dor é a maneira de nós lidarmos com aquilo, e está tudo bem! - falo o olhando

Pedro me olha e não fala nada, parecia estar processando o que eu falei.

Respiro fundo e deito minha cabeça em seu peito fechando meus olhos.

Quando eu estava quase dormindo sinto o mesmo afagar meus cabelos. Sorrio e pouco tempo depois apago.

Pedro Narrando.

Nunca imaginei que alguém pudesse me acalmar de tal forma.

Na dia seguinte, acordo primeiro que a Babi e sorrio involuntariamente ao olhá-la dormindo em meus braços.

Balanço a cabeça espantando tais pensamentos e me levanto com cuidado a cobrindo novamente.

Saio do quarto e vou pra cozinha, dando de cara com a minha mãe.

Eu: que horas são? - pergunto tentando me acostumar com a claridade e levo a mão a cabeça ao sentir uma pontada.

Ressaca que fala né?

Tereza: meio dia! - fala seca me olhando - eu vou te perguntar uma coisa, e eu quero total sinceridade em sua resposta.

Eu: o que?

Tereza: você e a Bárbara tiveram algo ontem?

Eu: não- respondo tranquilamente negando com a cabeça.

Tereza: então porque quando eu cheguei fui procurar ela no quarto e não a achei? e quando fui ver no seu quarto dou de cara com vocês dois dormindo agarrados?? - pergunta ficando brava.

Eu: relaxa mãe, não aconteceu nada! se não acreditar confirma com ela depois - reviro os olhos.

Tereza: e você queria que tivesse acontecido algo?

Eu: qual foi mãe?! ela é minha irmã!

Tereza: Pedro Alves você não respondeu minha pergunta! - pergunta cruzando os braços.

A patricinha do VidigalOnde histórias criam vida. Descubra agora