9.

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Bárbara Narrando.

Entrei e fui direto pro meu quarto, para desfazer minhas malas.

Depois de pouco tempo arrumei tudo em seu devido lugar e fui pra sala assistir TV.

Me joguei no sofá e peguei o controle ligando a TV e procurando algo pra assistir.

Mudei diversas vezes de canal e não achei nada.

Não consigo parar de pensar no que vai acontecer hoje. Isso é tão esquisito. Por que raios eu tenho que ser exibida pra todos os moradores daqui?! Não faz sentido. Eu não quero que eles me conheçam.

Estava viajando em meus pensamentos quando escuto o barulho da porta se fechando e olho pra mesma, encontrando o Pedro com aquela cara de cu dele.

Pedro: já decidiu o que vai vestir? - pergunta calmamente se sentando na ponta do sofá que eu estava.

Eu: já - falo e volto a assistir TV. Ou ao menos fingir que eu estava assistindo

Pedro: perdoa por mais cedo - fala cortando o silêncio - eu tava de cabeça quente e acabei me descontrolando. É que eu... - começa a falar mas logo para suspirando

Eu: e vai ser sempre assim?! - me viro o olhando - eu vou falar algo, você vai se irritar e vai partir pra agressão Pedro ?! - pergunto em um tom óbvio - olha o que você fez no meu braço - estico o meu braço pro mesmo ver o pequeno roxo que estava nele.

Pedro: carai mano, eu fiz isso? - pergunta com os olhos arregalados e se aproxima de mim pegando delicadamente o meu braço - puta que me pariu Bárbara, me desculpa - fala suspirando enquanto me olha nos olhos - eu juro pra você que se eu estivesse ... - começa a falar e para novamente.

Eu: se você estivesse o que? - pergunto confusa. - o que houve?

Pedro: eu acho melhor eu não falar - fala desviando o olhar pra tv.

Eu: ei, confia em mim! eu não vou contar pra ninguém - seguro seu rosto fazendo o mesmo me olhar - o que houve?

Pedro: eu... - fala novamente e eu faço com a cabeça pra ele continuar - eu uso drogas - fala de uma vez tirando minha mão de seu rosto - e isso me deixa agressivo algumas vezes - fala se levantando pra sair dali.

Eu: e porque você não para já que não gosta desse jeito que você fica? - pergunto o olhando.

Pedro: eu não consigo valeu?! - se vira me olhando - quando eu vou ver já to cheirando aquela porra de novo. não comenta nada com a dona Tereza, ela não sabe de nada disso. - me olha cabisbaixo.

Respiro fundo e me levanto indo até ele.

Eu: se você quiser eu posso te ajudar - falo o olhando - eu não sei os efeitos disso, não sei o que isso causa, mas eu posso te ajudar da minha maneira. posso pesquisar, entender um pouco sobre e ver como eu posso te ajudar, sem que ninguém saiba, e que ninguém mais acabe machucado - aponto pro meu braço fazendo com que o Pedro olhe e desvie o olhar.

Pedro: e porque você faria isso por mim?! eu fui mó babaca contigo.

Eu: porque eu sou boa até com quem
não merece - sorrio o olhando que sorri fraco.

Pedro: promete que não vai desistir? eu consigo convencer muito fácil as pessoas a seguirem as minhas ideias - ri fraco

Eu: eu prometo. contanto que você não invente de ficar controlando o que eu faço- falo séria o olhando que assente. - então temos um trato - estendo minha mão e o mesmo a aperta logo me puxando para um
abraço.

Pedro: obrigado, de verdade - fala me apertando.

Eu: de nada- sorrio o apertando e logo o olho - mas é sério! o primeiro comentário que você fizer eu te mando ir tomar no cu e desisto de te ajudar!

Pedro: pode pá - o mesmo ri.

Agora que eu reparei que o sorriso dele é lindo, e os dentes certinhos.

E eu tive que usar aparelho durante uns bons anos.

Reparo que estava o olhando e rio logo me separando.

Parece que nos daremos bem!

A patricinha do VidigalOnde histórias criam vida. Descubra agora