Alemão Narrando.
Eu: mas eai, tá curtindo namorar meu parça? – falo me sentando no outro sofá.
Giulia: sim – sorri me olhando e logo volta a mexer no celular.
Eu: eu te conheço de algum lugar, sem ser dos bailes – falo tentando me lembrar.
Giulia: nós nos conhecemos na escola Breno. Mas assim como o tempo passa, certas coisas tem que ficar no passado. – fala me olhando e eu fico confuso – Você não lembra de nada, tenho certeza.
Eu: não mesmo – falo sem jeito.
Giulia: eu nem devia falar isso, mas enfim – fala suspirando – digamos que você era meu crush, mas eu não era fisicamente desenvolvida ainda. Eu era feia e você sempre me esnobava.Eu: continuo não lembrando – suspiro passando a mão no cabelo
Giulia: não lembra de uma mina que vocês chamavam de vassoura, e em um belo dia você resolveu fazer uma aposta com seus amigos?! você fingiu que queria me pegar só pra me zoar.
Eu: puta que pariu, lembrei – falo fazendo um careta enquanto nego com a cabeça. – carai mano, me perdoa de verdade Giulia! Eu tava em uma idade que eu só fazia merda. Caraca mano – bufo.
Giulia: ta bom – da de ombros – eu já me esqueci disso de qualquer maneira. Não vivo pensando no passado, e sim no presente. – sorri
Eu: carai mano, tu é mó filósofa em! – rio fraco – vou adotar isso ai! Vivo demais pensando no passado e esqueço do presente. – nós rimos – mas eai, tu fez o que durante esses anos?
Giulia: eu fui morar em Minas com meus pais, porque meu pai conseguiu um emprego la. Terminei o colégio la, e depois voltei pra cá pra fazer faculdade. E to morando com a minha vó. E você?
Eu: que daora Giulia – sorrio a olhando – que bom que tua vida deu uma guinada! E bom, acho que nem preciso falar o que eu andei fazendo né – rio fraco – as vezes bate o arrependimento de ter seguido esse caminho.
Giulia: pelo menos você faz faculdade que eu sei!
Eu: ah, faço naquelas né – rio fraco – faço ead, e quase nunca consigo assistir as aulas por causa dos problemas do morro ta ligada? – pergunto e a mesma assente com a cabeça. – é foda ter que escolher entre as duas coisas.
Giulia: relaxa, o que tiver que ser vai ser – pisca sorrindo, me fazendo sorrir.
O que tiver que ser vai ser. Gostei desse lema.
Bárbara Narrando.
Eu: pronto Pedro, te olhei – o olho enquanto dou um sorriso falso.
Pedro: credo Babi, que mau humor! – revira os olhos.
Eu: Pedro, você namora e mesmo assim você veio pra cima de mim com outros papos! Você acha que isso ta certo? Porque não ta! Esse papo de eu não te esqueci não cola pra cima de mim. Nada vai mudar o fato de você estar comprometido com ela e eu- o mesmo simplesmente me puxa pra perto dele selando nossos lábios.
Me arrepio por inteira mas me afasto o empurrando.
Eu: que merda garoto! – falo alto – eu vou tomar banho, e acho melhor você voltar lá pra baixo. Pra SUA NAMORADA – falo alto enquanto vou em direção do banheiro, entrando no mesmo e trancando a porta.
Ligo o chuveiro e tiro minha roupa entrando debaixo do mesmo. Coloco minha cabeça debaixo d'água e fecho meus olhos tentando pensar sobre tudo o que acabou de acontecer.
Eu não acredito que ele fez isso.
Por que todos os homens são iguais?!
[...]
Termino meu banho, coloco meu pijama e vou pra sala.
Reparo nos três conversando super animados e assim que eu chego o Alemão me chama pra sentar do lado dele.
Me sento do seu lado e o mesmo me puxa pra perto dele me abraçando, enquanto eu deito minha cabeça em seu peito.
Alemão: eu ouvi a gritaria – fala baixo.
Eu: o Pedro me estressa – sussurro o olhando e o mesmo ri.
Alemão: eu até ia falar o que isso é, mas acho melhor eu ficar quieto. – fala e nós rimos. – o parça, bota um filme ai pra gente assistir!
Pedro: pode pá – fala pegando o controle e coloca em um filme qualquer, que eu sinceramente não estava com cabeça nenhuma pra prestar atenção.
Olho pros dois e a Giulia está deitada no Peh que nem eu estou com o Breno, e admito que isso me deu uma pontada de ciúmes.
O filme começa a rolar e eu fico olhando pra tela, mas com o pensamento longe.
Olho pro outro sofá e reparo que a Giulia está dando umas olhadas discretas pro Breno.
É sério isso?! Tá, okay que olhar não tira pedaço de ninguém né.
Subo meu olhar pro Pedro e reparo que o mesmo estava me olhando. Ele sorri e me da uma piscadinha, que me faz sentir aquelas borboletas no estômago.

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A patricinha do Vidigal
Dla nastolatkówDo condomínio pra comunidade. Bárbara tem sua vida virada de cabeça pra baixo depois da morte de seu pai. A jovem nunca imaginou que teria de largar a sua vida para viver com uma desconhecida, a mulher que lhe deu a vida. Nunca pensou que teria qu...