O primeiro dia de aula passou como se fossem meros minutos — o que foi estranho. Quando o sinal bateu e Maya saiu da sala acompanhada de Carly, não sabia que Peter iria abordá-las, muito menos que iria abrir a boca. Como ele era cheio de surpresas...
— Olá, meninas — começou ele, sorriso falso, galanteador. — Posso falar com você?
— Ah! o não-Jonathan — Carly fez graça.
— Eu sou Peter Crawford — apresentou ele.
— Carly Richard
— É um imenso prazer enfim conhecê-la, senhorita Richard, Kinsley falou muito sobre você. Posso lhe roubar sua amiga por um tempo? Eu prometo que a levo para casa — revelou o garoto. Maya precisava admitir que ele sabia ser charmoso quando queria. A garota suspirou antes de tirá-lo para o lado e se despedir da garota loira.
— Mande lembranças ao Mike — pediu o bruxo — Ele até que combina com você.
Carly olhou de Maya para Peter e de novo para Maya — esta apenas rodou o dedo indicador perto do ouvido e sorriu, dando de ombros. Quando o ônibus se afastou, Peter envolveu-a nos braços.
Maya o encarou.
— Não quero que faça esse truque sem a minha permissão.
— Pardon,, não deve me culpar por tentar. — brincou ele, mas depois voltou a ter o tom sério na voz. — Mas isto é porque não quer que nos vejam, não é? Me pergunto se é sobre o senhor Evans, ou Jonathan Blaick. Tem algum sentimento por eles?
— Isso ainda não é da sua conta.
— Já que insiste — ele desviou os olhos — Melhor nos apressarmos.
Eles não demoraram a estarem novamente na varanda da mansão Kinsley.
— Pronto, senhora Evans.
A garota rapidamente se desvencilhou e abriu a porta.
— Porque tanta implicância com a minha vida, hein?
— Já que não lhe agrada o sobrenome Evans, precisamos lhe encontrar outro, um a sua altura... Talvez Crawford? Gosto de Maya Crawford — ele levantou os lábios em um sorriso meigo depois o deixou morrer — Me preocupo com você.
— É claro que se preocupa — soou ela sarcástica. — Qual o significado das palavras dirigidas a Carly?
— Sua amiga mundana é bonita, mas não tem muito apreço por mim. Sua inteligência é na base da média e ela não se assemelha a nenhuma Mona Lisa... Além, é claro, de ser loira, eu prefiro as ruivas malucas que congelam a própria tia.
Maya o encarou com raiva. Os dois seguiram até o escritório de Helena e posteriormente para a sala secreta.
— Precisa parar com esse truque idiota. Algum humano pode ver, e eu tenho certeza que é contra as leis.
— Eu crio as leis aqui — ele afirmou com arrogância — Mas sim, darei um outro jeito de roubar você.
— Não crie tanta expectativa.
Peter sorriu, fazia muito tempo que ele não parecia tão bem humorado assim. Adentrando a biblioteca secreta de Helena encarou os livros. Livros tão valiosos que precisavam ser escondidos da humanidade. Segredos sendo trancafiados por medo da ignorância. Ele conseguia até imaginar como ficaria o mundo se aquilo caísse em mãos erradas. De fato, um verdadeiro inferno na terra — parecido com o da última vez.
— O que aprendeu enquanto eu estive ocupado? — perguntou por fim, encarando uma pilha nova sobre a pequena mesa de madeira.
— O que você fez enquanto eu estive ocupada? — questionou ela.
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A Espada de Lilith (Livro 1)
FantasyOs olhos da fera a encararam com curiosidade. Ela dormia envolta por cobertores leves, parecia ter um gosto tão bom, ele quase podia sentir o gosto do sangue dela escorrendo pelo chão, manchando as paredes de escuro. O que sentiria ao cortar sua pel...